Lula propõe coligação com vice do PMDB
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu formalmente ao PMDB a vice em sua chapa, numa coligação formal. O convite foi feito nesta quarta-feira (31) ao presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, em encontro
Publicado 31/05/2006 15:56
A oferta, que já tinha sido feita pelo ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) ao presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), obedece a uma tática geral das forças pró-reeleição: não hostilizar o PMDB, acompanhar a luta interna no partido e esperar a Convenção Nacional peemedebista de 29 de junho. Nesta, acredita-se, provavelmente desistirá da candidatura presidencial própria. Neste caso, a maior parte das seções estaduais do PMDB deve apoiar Lula, embora outras se dirijam para o apoio ao presidenciável tucano, Geraldo Alckmin.
Mercadante quer aliança em SP
Segundo o ex-governador paulista, nada pode ser definido agora, pois a situação no PMDB ainda é bastante confusa. O deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP), quercista histórico que também participou da reunião, disse que a tendência é o PMDB ter candidato próprio em São Paulo, mas que isto pode mudar se os entendimentos do partido com Lula evoluirem.
Quércia explicou que numa aliança só em São Paulo o PT não teria o que oferecer para o PMDB, porque já tem um candidato ao Senado, Eduardo Suplicy, e a vice-governança não interessa ao PMDB paulista.
No mesmo encontro no Planalto, o candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Alozio Mercadante, ofereceu ao PMDB a vaga de vice na chapa que ele encabeça. Isso, argumentou, “ajudaria a construir uma aliança nos diversos Estados do país”.
“O PMDB pode fazer aliança em São Paulo com o PT a partir de um projeto nacional. Gostaria que o PMDB indicasse o vice da minha chapa, mas não sei se isto é possível”, insistiu Mercadante.
Quércia respondeu que a tendência é de que a aliança em São Paulo só ocorra se houver uma aliança nacional. Afora este caso, agregou, a tendência é ou o PMDB paulista se aliar ao PSDB, que lhe ofereceria a vaga ao Senado, ou lançar candidatura própria ao governo do Estado.
Com agências