Bush leva banqueiro de Wall Street à Secretaria do Tesouro
O banqueiro de investimentos Henry Paulson – presidente da Goldman Sachs nos últimos sete anos, será o novo secretário do Tesouro dos Estados Unidos. O anúncio do nome, substituindo John Snow, que renunciou, foi feito hoje (30), em Washington,
Publicado 30/05/2006 13:33
Em cerimônia realizada na Casa Branca, Bush destacou a grande experiência "de toda uma vida" de Paulson e seu "íntimo conhecimento dos mercados financeiros", além da “capacidade de explicar as questões econômicas em termos claros”. A menção se justifica face às pesquisas de opinião pública onde a popularidade da administração Bush continua em queda.
Fortuna pessoal: US$ meio bi
O presidente elogiou também o trabalho de Snow, que renunciou na manhã de hoje. Snow assumiu a Secretaria do Tesouro em 2003, vindo do comando da empresa ferroviária CSX, em substituição a Paul O´Neill no Departamento do Tesouro. Ele foi mantido durante a ampla reforma de sua equipe promovida por Bush em janeiro do ano passado, depois de ser reeleito.
Henry Paulson dirigiu desde 1999 a Goldman Sachs, um dos grandes bancos de negócios de Wall Street. Sua fortuna pessoal é estimada em US$ 500 milhões. Ambientalista declarado, doou US$ 100 milhões a uma fundação educacional pró-equilíbrio ecolôgico e é um dos responsáveis pela ONG Nature Conservancy.
Endurecimento com a China à vista
Paulson tem 60 anos e é tido como um conhecedor profundo dos mercados asiáticos, em especial o chinês. Sua nomeação ocorre em um momento em que Washington critica em tom cada vez mais duro a política cambial da China.
Para os EUA, a cotação do yuan, mantida em oito por um dólar, seria “artificial” e favoreceria as exportações chinesas. O déficit comercial norte-americano em relação à China superou em 2005 a marca dos US$ 200 bilhões e continua a crescer este ano.
A nomeação de Paulson precisa ser confirmada pelo Senado, onde os republicanos têm maioria. O senador democrata Charles Schumer, um dos principais adeptos no Congresso de uma “maior firmeza” frente à China, elogiou a escolha, referindo-se à “experiência” e “inteligência” do novo secretário, além de sua “grande compreensão das questões nacionais e internacionais.
Com agências