Economia dos EUA registra maior crescimento em dois anos e meio
A estimativa de crescimento da economia dos Estados Unidos superou a primeira preliminar anunciada no mês passado e atingiu a marca anualizada de 5,3%, informou o Departamento do Comércio.
Publicado 25/05/2006 15:53
Em abril, a primeira prévia de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) havia ficado em 4,8%. O dado apontou ainda o ritmo mais rápido de crescimento da economia do país desde o terceiro trimestre de 2003, quando ficou em 7,2%. A estimativa reflete, com base em dados mais completos, o desempenho positivo das exportações americanas. Mesmo assim, o PIB no trimestre passado superou com ampla margem de folga o 1,7% de crescimento registrado no quarto trimestre de 2005.
Investimentos e gastos do consumidor também cresceram entre janeiro e março deste ano: os gastos dos consumidores americanos tiveram expansão de 5,2% no período –maior desde terceiro trimestre de 2003, mas abaixo dos 5,5% esperado pelos economistas. A taxa de poupança (como porcentagem do salário, descontados os impostos) dos americanos, por sua vez, ficou no território negativo, com queda de 1,3%, menor desde o terceiro trimestre do ano passado.
Prévia anterior
Os gastos das empresas com equipamentos e software tiveram alta expressiva de 13,8% nos primeiros três meses deste ano, maior resultado desde o terceiro trimestre de 2004, mas ficou abaixo dos 16,4% da primeira estimativa. Para o atual trimestre, a previsão dos economistas é de que a economia americana tenha registrado crescimento menos acelerado, entre 3% e 3,5%. O impacto que a atual desaceleração gradual no mercado imobiliário terá sobre os gastos do consumidor está entre os indicadores mais acompanhados pelos analistas econômicos norte-americanos. O indicador de inflação atrelado à leitura do PIB mostrou que o núcleo dos preços ao consumidor (que exclui as categorias de alimentos e energia) teve alta de 2% no período, mantendo-se inalterado em relação à prévia anterior.
No quarto trimestre de 2004, o núcleo da inflação havia mostrado alta de 2,4%. A medida, no entanto, foi feita antes que o preço recorde de US$ 75,17 atingido pelo barril do petróleo em abril se refletisse na economia. Para o segundo trimestre deste ano a inflação deve mostrar resultados maiores, segundo analistas. A evolução dos preços da energia e seu impacto sobre a inflação também está sendo acompanhado com atenção, principalmente pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano). O banco tem elevado sua taxa de juros (hoje em 5% ao ano) para conter a inflação no país. Desde junho de 2004, a taxa já foi elevada 16 vezes.
Com agências