STF mantém prisão de “sanguessugas”
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter nesta quarta-feira a prisão dos envolvidos na Operação Sanguessuga, que foram soltos ontem, por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. A minis
Publicado 24/05/2006 16:01
Na terça-feira, O TRF concedeu habeas-corpus ao ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ), conhecido como Bispo Rodrigues, preso por suposto envolvimento no esquema. A decisão, aprovada por três votos a zero, foi estendida aos outros 43 suspeitos presos – entre assessores parlamentares, servidores públicos e empresários – pela chamada Operação Sanguessuga, da Polícia Federal.
A Justiça Federal, ao mandar soltar os envolvidos, teria alegado que a competência para presidir as investigações seria do STF. Ellen Gracie, afirmou, no entanto, que "nenhum outro órgão judiciário que não a própria Suprema Corte está autorizado pelo sistema constitucional a impor tal manifestação".
A ministra salientou que ficam mantidas todas as prisões decretadas pelo Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Mato Grosso onde tramitavam os inquéritos e demais procedimentos referentes à Operação Sanguessuga.
Além de Bispo Rodrigues, o ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC) também foi preso na operação. A quadrilha é acusada de fraudar licitações para a compra de ambulâncias superfaturadas. Os deputados acusados receberiam propina para liberar emendas ao Orçamento para a área da Saúde.
Entre os presos também estava Maria da Penha Lino, ex-assessora do Ministério da Saúde que entregou 81 parlamentares envolvidos no esquema em troca da delação premiada. Além dos nomes citados pela ex-assessora, a Polícia Federal apresentou à Câmara 61 deputados ligados à fraude. Destes, 16 serão investigados pela Corregedoria da Câmara.
Fonte: Redação Terra