Lula inaugura trecho da ferrovia Norte-Sul

O presidente Luís Inácio Lula da Silva, acompanhado do senador José Sarney, inaugurou hoje mais um trecho da Ferrovia Norte-Sul, no norte do estado do Tocantins.

Durante a visita o presidente Lula sobrevoou as obras da linha férreas entre as cidades de Araguaína e Aguiarnópolis. Com extensão de 1.980 quilômetros, a Ferrovia Norte-Sul é um projeto da década de 80 com abrangência nos estados do Maranhão, Tocantins, Goiás, norte do estado do Mato Grosso, sudeste do Pará, sul do Piauí, oeste da Bahia e noroeste de Minas Gerais.

A comitiva seguiu de trem até o pátio multimodal da ferrovia para uma visita às instalações.

Campanha

Em tom de campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que alguns políticos não gostam de pobres e torcem para que as coisas não dêem certo para que voltem ao poder.

"Tem um tipo de político no Brasil que por mais experiência que ele tenha, por mais mandatos que tenha, por mais cargos que eles tenham exercido, eles estão sempre torcendo para que as coisas não dêem certo no Brasil, para ver se eles voltam", disse.

"Neste país tem um tipo de político que não gosta de pobre, tem um tipo de político que não respeita os trabalhadores, que acha que a gente dar dinheiro para a pessoa comprar arroz e feijão para comer é assistencialismo", reiterou o presidente, afirmando ainda que é muito fácil fazer críticas sentado numa sala com ar-refrigerado.

Mais uma vez Lula se comparou ao ex-presidente Juscelino Kubitschek. "O Juscelino Kubitschek, que hoje é tido como o mais importante presidente da história do país, é uma pena que vocês todos não tivessem nascido para ver como é que foi o mandato do Juscelino Kubitschek. Ele era chamado de ladrão todo dia, ele era provocado todo santo dia e ele não perdia a calma. As ofensas que faziam a ele, fazem pior a mim."

Reconhecimento

Acompanhado do ex-presidente José Sarney, Lula, que já fez duras críticas ao então presidente, afirmou que, de vez em quando, este país precisa ter humildade e fazer justiça às pessoas. "Uma coisa eu tenho tranqüilidade, Sarney: nunca o ofendi, nunca lhe fiz uma provocação com uma palavra que eu não pudesse dizer publicamente. E eu sei o quanto este homem foi ofendido, eu sei como ele foi atacado."