Índice de 8,35% rebaixa o piso regional e o ameaça de extinção
Depois de muitas negociações com os deputados e propostas para garantir os interesses dos trabalhadores, o reajuste do piso regional foi aprovado em 8,35%, por 34 votos a 14.
Publicado 24/05/2006 23:31 | Editado 04/03/2020 17:12
Durante toda a tarde, de terça-feira (24), o Fórum das Federações, a CUT, a CAT e a Fetag em conjunto com as bancadas do PCdoB, PT, PDT e PSB tentaram convencer os outros deputados da importância do piso regional para 1 milhão de trabalhadores gaúchos e da grande influência na economia gaúcha. Os sindicalistas chegaram a reduzir a proposta inicial de reajuste de 19,47% para 12,85%, que significaria um aumento de R$ 50,00 em cada faixa salarial. O deputado Heitor Schuch (PSB) chegou a apresentar esta emenda, apoiada pelas bancadas do PT, PCdoB e PDT e pelas entidades sindicais. Mas a proposta foi derrotada em plenário por 26 a 21 votos. Acabou passando o requerimento apresentado pela líder do governo, deputada Maria Helena Sartori (PMDB) que elevou a indicação do Executivo de 6,76% para 8,35%. Com o aumento, as quatro faixas ficam em: R$ 405,95, R$ 415,32, R$ 424,68 e R$ 441,68. O novo valor do piso regional é retroativo a 1º de maio.
Para o representante do Fórum das Federações, Guiomar Vidor, foi impossível aceitar uma proposta que encaminha à extinção do piso regional gaúcho que já foi referência no país. “Chegamos a propor o mesmo índice do ano passado de 10,85%, mas não foi aceito. E nós também não poderíamos aceitar a imposição dos empresários que pressionavam do outro lado propondo reduzir ainda mais o índice apresentado pelo governo. Lamentamos a perda dos trabalhadores e da economia gaúcha”, conclui Vidor, presidente da Federação dos Comerciários do RS.
De Porto Alegre
Márcia Carvalho