Brasil bate recorde de geração de empregos

O nível de emprego formal, ou seja, com carteira assinada, cresceu 0,87% no último mês em relação a abril do ano passado. O resultado é considerado o segundo melhor para o mês de abril da série apurada pelo Cadastro

Em abril, foram gerados no país 229.803 empregos com carteira assinada. Este é o melhor quadrimestre da série histórica do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged) – de janeiro a abril de 2006, os novos postos de trabalho somam 569.506. Nos últimos 12 meses, foram gerados no país 1.265.170 postos de trabalho. Entre janeiro de 2003 e abril de 2006, o total chega a 3.992.196.     
   

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Para ele, o desempenho favorável do quadrimestre é atribuído a fatores sazonais relacionados ao agronegócio, potencializados pelos efeitos positivos da balança comercial, da redução da taxa de juros e de medidas de incentivo à construção civil.


Crescimento

Os setores que mais cresceram nos primeiros meses do ano foram os serviços, com a geração de 231.327 empregos, e a indústria de transformação, responsável pela criação de 146.509 vagas. Em terceiro lugar está a agropecuária, que gerou 71.796 postos, seguida pela construção civil, com a abertura de 54.068 vagas – o melhor resultado do setor para o quadrimestre, desde a criação do Caged.            

Em abril, o principal responsável pela expansão do emprego foi o setor da indústria de transformação. Foram geradas 78.481 vagas, número bem próximo ao melhor desempenho do setor, registrado no mesmo mês de 2005 (+ 79.495 postos). Todos os ramos da indústria de transformação contribuíram para esse resultado favorável, mas o destaque foi a indústria de produtos alimentícios, que gerou 48.675 empregos com carteira assinada.            

O setor de serviços foi outro que apresentou o segundo melhor resultado para abril, com a criação de 72.627 postos. Desse total, 24.814 foram criados no ramo de administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos e profissionais, enquanto 17.347 foram gerados pelos serviços de alojamento, alimentação, reparação e manutenção.            

Os demais setores também apresentaram resultado positivo. A agricultura foi responsável por 32.718 vagas em abril e 71.796 no primeiro quadrimestre, especialmente nas atividades relacionadas à cana-de-açúcar.  Tanto no mês quanto no ano, a agricultura foi o terceiro setor que mais criou empregos. O comércio gerou 26.656 postos em abril, revertendo o resultado negativo de março, quando foram fechadas 8.573 vagas. E a construção civil também obteve um desempenho positivo, com a criação de 12.628 empregos.         
   

Em termos geográficos, os destaques no crescimento de emprego são as regiões Sudeste (+ 164.296 postos) e a Nordeste (+ 12.721).  Já na Região Sul, foram criados 34.923 postos; na Região Centro-Oeste, 11.356 e, no Norte, 6.507 empregos celetistas. Os estados com saldos positivos mais expressivos foram: São Paulo (+107.735 vagas), Minas Gerais (+29.990 postos), Paraná (+20.330 postos) e Rio de Janeiro (+18.293 vagas). 

Já o conjunto das nove regiões metropolitanas foi responsável, em abril, pela ampliação de 64.963 postos de trabalho com carteira assinada. As áreas metropolitanas de São Paulo (+30.574 postos) e Rio de Janeiro (+12.918 postos) foram as que evidenciaram maior dinamismo. No interior dos estados desses aglomerados urbanos foram gerados 130.500 empregos, com destaque para o interior de São Paulo (+77.161 postos) e de Minas Gerais (+24.166 postos) O bom desempenho dos municípios não integrantes das regiões metropolitanas pode ser atribuído à agroindústria.

O dados podem ser acessados no seguinte endereço eletrônico: http://estatistica.caged.com.br/ 

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego