Autoritarismo: governo se nega negociar com os trabalhadores o Piso Regional
A intransigência e o autoritarismo marcaram a reunião realizada na manhã desta terça-feira, 23 de maio, entre os representantes da CUT-RS, Força Sindical, CAT, FETAG-RS e Fórum das Federações e o chefe da Ca
Publicado 23/05/2006 19:57 | Editado 04/03/2020 17:12
Michelucci afirmou não haver nenhuma possibilidade por parte do governo de aumentar o índice encaminhado à Assembléia Legislativa de 6,76%. O presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, considerou autoritária a atitude do governo do estado, não abrindo espaço pára o diálogo. “O governo se mostra incapaz de ser o indutor de desenvolvimento no estado”, destaca.
Após a reunião na Casa Civil, os dirigentes sindicais foram recebidos pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Fernando Záchia, além dos líderes das bancadas do PSB, PT, PCdoB e PDT, para construir uma proposta alternativa para o reajuste do piso regional.
Mobilização – Enquanto isso, trabalhadores ligados a CUT-RS, Força Sindical, CAT, FETAG-RS e Fórum das Federações realizaram uma caminhada da Esquina Democrática até a Assembléia Legislativa pela valorização do piso regional.
Votação adiada para amanhã
A votação do piso regional, que deveria ter acontecido hoje (23/5), foi adiada para esta quarta-feira (24/5) por não haver o número mínimo de parlamentares em plenário. Às 14h 25min, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Fernando Záchia, abriu e fechou a sessão plenária ordinária e convocou os parlamentares para a sessão desta quarta-feira. Enquanto isso, os trabalhadores lotaram as galerias do plenário. Com palavras de ordem pediam que os deputados voltassem ao trabalho e votassem um índice de reajuste justo.
Dirigentes sindicais reuniram-se com os líderes de bancadas para definir a possibilidade de convocação de uma sessão extraordinária ainda nesta terça-feira. Porém, às 16h 05min, o presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, anunciou a decisão de votar o projeto na sessão desta quarta-feira, para dar tempo a todos os partidos conhecerem a proposta intermediária que começou a ser negociada no início desta tarde.
Proposta – Líderes do PSB, PT, PCdoB e PDT construíram com os dirigentes sindicais uma emenda coletiva, propondo um reajuste médio de 12,85% ao piso regional, o que corresponde a R$ 50,00 de ganho real em cada uma das quatro faixas.
Ao projeto de lei do Executivo foram protocoladas quatro emendas. A primeira do deputado Heitor Schuch (PSB) eleva o reajuste para 19,47%, índice reivindicado pelos trabalhadores. As outras três emendas foram propostas pelo deputado Fabiano Pereira (PT) que propõe a troca de faixas para os trabalhadores dos estabelecimentos de saúde (da II para a IV) e os do ramo da alimentação (da III para IV), e inclui os trabalhadores do comércio hoteleiro, de restaurantes, bares e similares na faixa I.
Fonte: CUT-RS