Oliver Stone fará filme sobre golpe de 2002 na Venezuela
No Festival de Cinema de Cannes, o cineasta americano Oliver Stone e o produtor inglês John Daily vão anunciar a realização de um filme sobre o golpe de abril de 2002 na Venezuela. A informação, revelada neste domi
Publicado 21/05/2006 23:58
Chávez contou que Daily chegou a viajar à Venezuela há alguns meses e que os dois conversaram. Disse que ambos vão anunciar em Cannes a realização de um segundo filme sobre os desaparecidos da América do Sul e que estrearão em setembro um outro sobre os ataques terroristas nos Estados Unidos.
"Não sei que nome vão dar ao filme sobre a Venezuela, mas é sobre o golpe de Estado”. Uma manobra golpista tirou Chávez do poder por 47 horas em abril de 2002. O governo dos Estados Unidos estava por trás da trama.
Carreira própria – Reconhecido pelo talento com que trata de temas políticos no cinema, Stone venceu o Oscar de melhor diretor por Platoon e Nascido em 4 de Julho. Os dois filmes abordam os impactos da Guerra no Vietnã. O cineasta serviu no conflito, onde ganhou a Estrela de Bronze de Honra ao Mérito.
Em 2004, lançou seu primeiro documentário — Procurando Fidel —, uma biografia fílmica do estadista cubano Fidel Castro, a quem entrevistou por 37 horas.
11 de Setembro – Ainda neste domingo, o Festival de Cannes exibiu 20 minutos do novo filme de Stone, World Trade Center, sobre os atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos.
Protagonizado por Nicolas Cage, o longa-metragem descreve o dramático dia de dois policiais que ficaram presos em uma das duas Torres Gêmeas atingidas pelos aviões dos terroristas em Nova York. A estréia do filme nas bilheterias dos cinemas americanos está prevista para 9 de agosto, um mês antes do quinto ano dos atentados.
A exibição do fragmento do filme — que terminou com uma cena espetacular de uma das torres se desmoronando — precedeu a de Platoon, dirigido por Stone em 1986.
"A luta destes últimos 20 anos foi explicar a história de pessoas que viram as coisas com seus próprios olhos, seja no Vietnã, nos desertos do Iraque ou entre os escombros do World Trade Center", indicou o cineasta.
"A história se constrói a partir da memória coletiva das pessoas, e tem sido uma grande sorte trabalhar com elas", acrescentou.