Brasil inova com fábrica de camisinhas que usa látex nativo
A primeira fábrica de preservativos do mundo a usar o látex de seringal nativo como matéria-prima começa a processar o produto – colhido por 550 famílias – no final do próximo mês.
Publicado 20/05/2006 19:01
A expectativa é de que a fábrica, localizada em Xapuri, no Acre, comece a produzir de forma experimental o preservativo até dezembro deste ano, no máximo, segundo informou a Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde.
O beneficiamento consiste em misturar o látex líquido in natura à amônia. Depois de centrifugado, o produto final pode ser armazenado durante um período de 12 meses.
Segundo o Ministério da Saúde, com o início do funcionamento da fábrica – a primeira do Brasil -a meta é fabricar cerca de 100 milhões de preservativos masculinos por ano. A iniciativa vai gerar cerca de 600 empregos diretos e indiretos.
A diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, visitou nesta semana o local onde o látex é armazenado e a centrífuga de processamento, em Xapuri.
Segundo ela, o objetivo da fábrica – construída em parceria do governo federal com o governo do Acre – é viabilizar a economia extrativista da borracha e ampliar a distribuição gratuita de camisinhas na rede de serviços públicos de saúde.
Em 1997, o Brasil deu início à distribuição gratuita de preservativos masculinos, com a entrega de 13,4 milhões de unidades, conforme informou o ministério. Para 2006, a meta elevar a distribuição para 1 bilhão de unidades em todo o país.
Fonte: Radiobras