Seminário internacional discute em Brasília os rumos da paz
“A paz vai triunfar, mas não pela capitulação dos povos frente aos fatores da guerra”, disse Socorro Gomes, presidente do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), na abertura do Seminá
Publicado 18/05/2006 12:00
Por três dias, dezenas de representantes de movimentos pela paz das Américas, Ásia, África e América, debaterão o tema na iniciativa da Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal, com apoio do Cebrapaz.
“Os poderosos podem muito mas não podem tudo”, concluiu Socorro, que também é deputada federal (PCDOB-PA). Ao seu lado, o presidente da CRE, Alceu Colares (PDT-RS), pediu um aparte. “Os impérios têm ascenção e queda. Todo império tem ascenção e queda. O império americano está em queda”, opinou Colares, da velha guarda da militância brizolista.
Interesse pelo Iraque
O primeiro participante estrangeiro a se pronunciar foi o militante cubano Orlando Fundora Lopez, presidente do Conselho Mundial da Paz, fundado logo após a 2ª Guerra Mundial. O deputado Nilson Mourão (PT-AC), membro da CRE, também fez uso da palavra, dizendo que “para ter paz no mundo, nós precisamos nos organizar também”.
O Seminário prossegue até sábado, com intervenções e debates centrados nas ameaças representadas por uma superpotência agressiva – os EUA – que se considera oficialmente em guerra e pratica a guerra em escala global. Uma presença desperta um especial interesse: Asrar Abdul Latif, membro da resistência iraquiana contra a ocupação.
Na abertura do encontro, Socorro Gomes, como anfitriã, expôs as posições do Cebrapaz, entidade fundada em 2004, na esteira dos grandes protestos mundiais contra a agressão ao Iraque.
Bernardo Joffily,
de Brasília