Juventude e Estruturação Partidária
O importante 13º Congresso Nacional da UJS e o também importante 7º Congresso Estadual da UJS-AP serão realizados no primeiro semestre do ano de 2006, e ocorrerão em uma conjuntura de defensiva estratégica dos M
Publicado 17/05/2006 16:40 | Editado 04/03/2020 16:11
JUVENTUDE E ESTRUTURAÇÃO PARTIDÁRIA.
O 11º Congresso do Partido Comunista do Brasil realizado no final do ano passado em um momento político importante para o nosso Partido aprovou relevantes orientações para o nosso trabalho com a Juventude, inclusive definindo em seu novo estatuto a responsabilidade do Partido de orientar política e ideologicamente a UJS, e o papel dos jovens Comunistas de organizarem-se para a atuação no movimento Juvenil através da UJS como tarefa prioritária.
Neste texto tentaremos fazer um esforço de desenvolver algumas diretivas relacionando-as com alguns pontos prioritários de nossa estruturação Partidária que se estenderá até meados de 2007, ou seja, durante o período do mandato desta Direção e da vigência do 6º Plano de Estruturação Partidário (6º PEP).
Nosso objetivo principal é orientar mais e melhor, política e ideologicamente, o trabalho do Partido entre a juventude consolidando nossa atuação no movimento juvenil, por isso é extremamente necessário que a Direção do Partido incentive a fundação da UJS em todos os Municípios onde o Partido possui Núcleos Dirigentes, sejam eles Permanentes ou Provisórios.
O importante 13º Congresso Nacional da UJS e o também importante 7º Congresso Estadual da UJS-AP serão realizados no primeiro semestre do ano de 2006, e ocorrerão em uma conjuntura de defensiva estratégica dos Movimentos Populares e Sociais e de acirrado conflito ideológico entre as forças progressistas que lutam pela permanência da consecução do projeto mudancista de desenvolvimento Nacional e as forças reacionárias que se articulam para retornarem ao centro do poder político de nosso País.
O Congresso Nacional da UJS deve reunir em sua base algo em torno de 100 mil jovens e vai definir a atuação política para a UJS nos próximos dois anos. No Amapá a Direção da UJS espera reunir algo em torno de 2 mil filiados nos processos de debates de núcleos e congressos municipais, que serão em inéditos 8 municípios, crescimento qualitativo de mais de 100% em relação ao 6º Congresso Estadual.
O Partido Comunista definiu em planejamento de seu Secretariado a prioridade no apoio para a construção de um grande congresso Estadual, que reúna toda a Juventude do Partido, preparando nossa militância para o embate eleitoral que se avizinha, onde a importância de nossa entidade juvenil será fundamental.
Os dirigentes partidários precisam contribuir para a construção deste grande evento e também na elaboração das teses a serem debatidas e posteriormente na construção das resoluções deste Congresso da UJS, que orientará nossa militância para o período de dois anos, além de discutir a composição da nova Direção Estadual da UJS.
A UJS nesta nova fase precisa fortalecer-se internamente, precisa superar vícios como o espontaneismo, praticismo, movimentismo e em alguns momentos o personalismo de seus dirigentes. A UJS precisa de uma Direção que expresse esta nova fase da vida da entidade e também da organização Partidária, precisa consolidar um corpo diretivo responsável pela burocracia da entidade. O esvaziamento da UJS é reflexo do tipo de direção que a entidade tem hoje, onde seus principais dirigentes também são dirigentes de entidades de massa, e por vicio acabam por priorizar a atuação no movimento em detrimento da direção da UJS. Precisamos superar esta prática. A permanência de quadros experimentados na direção da UJS é muito importante porem é necessário também que gradativamente a direção se renove.
É extremamente necessário que a direção da UJS cresça assim como hoje cresce a sua base. Este congresso precisa aprovar uma plataforma de lutas que oriente nossa atuação para o movimento juvenil e que na mesma medida fortaleça as bases sociais de nosso Partido.
ORIENTAÇÃO COLETIVA.
Partimos da premissa de que é preciso tornar mais coletiva a orientação para o trabalho juvenil, pautando o tema nas instâncias Partidárias (Comitê Estadual, Comitês Municipais e Comissões Políticas) para avaliar a situação do trabalho juvenil e as perspectivas políticas da frente. Onde a UJS não é organizada, é preciso que o Partido faça um esforço no sentido de orientar nossa militância jovem que passe a se organizar na frente de atuação juvenil. A UJS se constitui em importante força auxiliar ao trabalho de crescimento, fortalecimento e divulgação das idéias do Partido, portanto é de fundamental importância que a Direção do Partido incentive a fundação da UJS em todos os municípios.
Também é necessária e urgente a definição, onde ainda não foi feita, de um Secretário de Juventude ou Responsável pelo acompanhamento do trabalho de Juventude dos Comitês Municipais. Este Secretário ou Responsável deve ser membro da Comissão Política, não estar mais militando ou não ter tarefa executiva na UJS. Não recomendamos "Comissões de Juventude" para tarefas que não sejam única e exclusivamente operacionais.
Segundo orientação do planejamento do Secretariado do Partido, realizaremos um Encontro Estadual sobre Partido e Juventude no ano de 2007 com data e local ainda a ser definidos pela direção do Partido, e também a ser preparado desde já, para sistematizar uma avaliação do trabalho juvenil desde a fundação da UJS no Amapá, e apontar perspectivas do trabalho da UJS para as frentes de atuação onde existem jovens Comunistas organizados, priorizando o movimento estudantil, onde historicamente temos tido mais exitos, e o trabalho entre os jovens trabalhadores.
Entendemos como importante à unificação e o planejamento da ação política do Partido, especialmente nos movimentos populares. Para isso é preciso maior interação, em todos os níveis, entre as Secretarias Sindical, de Juventude e de Movimentos Populares e Sociais, proporemos também neste Encontro o aprofundamento das ações da frente de juventude no intuito de construir uma plataforma de atividades que unifique a ação conjunta com a Secretaria Sindical e de Movimentos Populares e Sociais.
A JUVENTUDE E OS "QUATRO VERBOS".
1- Militar: A UJS precisa transformar o seu potencial de filiação em potencial militante, é preciso incluir um numero cada vez maior de jovens na militância do dia-a-dia, nas lutas objetivas do movimento, fortalecendo a base social da UJS e do Partido. É preciso planejar a filiação de jovens ao Partido, estabelecendo metas específicas onde for possível, incorporando os novos e antigos filiados à vida partidária.
A UJS é uma fonte inesgotável de renovação dos quadros dirigentes do nosso Partido, mas para que permaneça sendo precisa que nossos filiados tenham a compreensão de que a militância na UJS é apenas uma fase da luta política, que não termina depois dos 30 e que a verdadeira tarefa de cada Comunista é a tarefa designada pela Direção do Partido, portanto torna-se extremamente necessário que a juventude ingresse nas fileiras Partidárias.
Ao mesmo tempo reafirmamos a orientação para os jovens Comunistas militarem na UJS, ficando a cargo dos responsáveis pelo trabalho de juventude o controle desta resolução.
2- Estudar: É necessário investir mais na formação dos jovens Comunistas, incentivando e controlando a sua participação nos CBV’s (curso básico em vídeo) e nos CIFORMA’s (curso intermediário), e realizando atividades específicas de formação teórico-ideológica para estes jovens. A UJS precisa organizar atividades próprias como o seu tradicional Curso de Formação, sessões de estudo programado, seminários, debates, encontros, reuniões plenárias preparadas com este objetivo, etc.
É imperativo que nossa militância conheça o estatuto da UJS, seu manifesto político e também tenha acumulo de leituras de importantes documentos que dêem conta de nossa atuação política e de nossas convicções ideológicas.
3- Divulgar: A propaganda do Partido entre a juventude precisa ser intensificada, com esforço dirigido e planificado principalmente para a batalha eleitoral. A maneira diferenciada com que a UJS participa dos pleitos eleitorais devem estar associada à propaganda política das idéias do Partido e da própria UJS. É necessário tirar proveito destes momentos onde o embate político nos diferencia dos partidos tradicionais, e onde muitas pessoas se aproximam do Partido pelas suas idéias, é preciso estabelecer metas de filiação da UJS no período eleitoral.
4- Contribuir: Onde for possível deve ser definida uma meta de novas adesões ao sistema nacional de contribuição militante, nossos dirigentes intermediários tem que fazer um esforço para serem incluídos no SINCOM.
A CAMPANHA ELEITORAL ENTRE OS JOVENS.
O atual momento político apresenta certo grau de dificuldade na rearticulação das forças progressistas representadas pelos Partidos que nuclearam a aliança que elegeu o Presidente Lula em 2002. A manutenção das antigas regras eleitorais agravou ainda mais esta dificuldade, principalmente na construção de alternativas progressistas nos Estados, que ficam a mercê das alianças articuladas para a corrida pelo Palácio do Planalto.
As forças reacionárias se articulam na perspectiva de seu retorno ao poder central no Brasil, em contra partida as forças progressistam assumem a tatica de defensiva estrategica e se preparam para o embate ideologico que se avizinha com o pleito eleitoral.
A partir das necessidades e decisões do nosso Partido, das quais os jovens Comunistas vão participar através da Convenção Eleitoral do Partido em Junho deste ano, é preciso discutir com antecedência a campanha eleitoral de 2006 com os nucleos de direção da UJS, definindo o incondicional apoio as candidaturas majoritárias (caso o Partido tenha candidatura própria) e proporcionais do Partido e as metas de votação da UJS por área geográfica e setor de atuação.
O Partido precisa confiar na sua estrutura e também na UJS para fazer a campanha eleitoral. A UJS deve crescer e se estruturar ainda mais durante a campanha, não pode ser dispersa ou desorganizada por isso esta tarefa vai exigir uma direção firme, coesa, disciplinada política e ideologicamente e principalmente unida, pois como chama atenção o Camarada Renato Rabelo, “… Organização política sem unidade: perece…”. A UJS precisa contar com todo o seu contingente militante para o embate eleitoral. Por isso os jovens do Partido que militam na UJS devem ter a tarefa de fazer a campanha eleitoral entre a juventude. Procedendo desta meneira, ampliaremos a votação em nossos candidatos.
A participação dos jovens da UJS em comitês de candidaturas majoritárias e proporcionais deve ser em função do reforço da campanha entre os jovens, e não pode implicar na redução da atividade própria da UJS durante a campanha e nem pode resultar na desestruturação das direções da UJS. A UJS não pode perder a perspectiva de que seu papel é de conquistar o voto dos jovens eleitores e conseguir a adesão destes jovens a UJS.
A campanha de nossos candidatos majoritários e proporcionais entre os jovens pode e deve ser feita pela UJS, com materiais de propaganda da UJS, diferenciados e específicos com o objetivo de divulgar as ideias da UJS entre a juventude.
A história política da UJS é riquíssima, porém repleta de altos e baixos. Nossa principal derrota (o congresso da UECSA de 1997), foi esquecida por uma seqüência de vitórias recentes que credenciam novamente a UJS a voltar ao centro do debate no movimento juvenil. Dirigimos a UECSA, a UMES de Santana, a UMES de Vitória do Jarí, participamos da direção da ULES em Laranjal do Jarí, pela primeira vez na história da UJS temos um Diretor da União Nacional dos Estudantes, dirigimos o Centro Acadêmico de Gestão de Recursos Humanos e estamos disputando com chances reais a direção do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Amapá e com metas de fundação de novos CA’s e DCE’s em nosso estado. Todo este crescimento não permite que a UJS tenha uma direção vacilante e que fraguimente a militância ao invés de aglutinar. Reafirmamos a orientação de que a UJS precisa de uma direção forte, que priorize a organização interna da entidade. A UJS precisa de uma direção do tamanho do Amapá.
VIVA O 7° CONGRESSO ESTADUAL DA UJS-AP.
VIVA O PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL.