Tecnologia brasileira ajudará China a economizar energia
A Empresa Brasileira de Compressores (Embraco) inaugurou uma nova fábrica em Pequim onde produzirá compressores para geladeiras e aparelhos de ar condicionado que podem economizar até 60% de energia.
Publicado 16/05/2006 15:05
A fábrica produzirá 4,5 milhões de compressores de última geração por ano para atender à demanda dos países asiáticos, especialmente da China, que em dez anos dobrou para 15 milhões de peças anuais, disse o presidente da Embraco, Ernesto Heinzelmann. Com um investimento de US$ 65 milhões, a fábrica é fruto da cooperação entre a empresa brasileira – líder no setor – e a chinesa Snowflakes, depois que as duas formaram a primeira empresa industrial mista chino-brasileira em 1995. "Estamos na China há onze anos e é uma aprendizagem constante. Há grandes diferenças com o Ocidente, mas as coisas avançam da forma adequada, inclusive em relação às regras do comércio internacional", disse Heinzelmann.
Com uma equipe de 1.500 funcionários, a fábrica cumpre uma das principais exigências de Pequim para admitir investimentos estrangeiros: dar emprego aos chineses. "No Brasil, tudo está muito mais automatizado. Para fazer um compressor é preciso 40 operários, enquanto aqui, na China, são necessários cerca de 75", disse um dos funcionários da Embraco enviado à China para treinar os trabalhadores de lá. O Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina, com um volume de trocas avaliado em US$ 14,817 bilhões em 2004, segundo números oficiais chineses. Embora esteja com a balança comercial favorável, a situação do Brasil em relação ao país asiático pode se inverter nos próximos anos, já que as exportações chinesas aumentam em ritmo muito maior que o das importações, 31,4% contra 15,2%.
Com agências