Rumores de fraude rondam eleição no Peru
Publicado 16/05/2006 16:05
Mendoza assegurou que o JNE tem todo interesse em detectar qualquer indício de irregularidade e que garantirá a transparência e clareza nas próximas votações. “Os partidos políticos devem se abster desses comentários, a não ser que tenham alguma prova e que nos encaminhem”, disse.
O candidato do Partido União pelo Peru, Ollanta Humala, pediu à sociedade organizada que se mantenha vigilante e reiterou que existe o risco de o Partido Aprista Peruano (Apra) realizar uma fraude eleitoral neste segundo turno para garantir sua derrota.
O Apra, por sua vez, disse que essas denúncias estão sendo criadas pelos seguidores de Lourdes Flores, da Aliança Unidade Nacional (UN), derrotada por ele por uma estreita margem no primeiro turno.
Por sua vez, Javier Bedoya, vice-presidente do Partido Popular Cristão, de Flores, disse no último sábado que foram os apristas que cometeram uma fraude eleitoral para tirar Flores do páreo. Ele afirmou ainda que foi o secretário geral do Apra, Jorge Del Castillo, quem manobrou nesse sentido.
Segundo Bedoya, a fraude foi executada diretamente nas mesas de contabilização dos votos, nas proximidades de Cajamarca, Lambayeque e Trujillo, onde não puderam enviar pessoas para fiscalizar o pleito. “Houve uma manipulação indevida por parte dos contadores interessados na ida de Flores ao segundo turno, ou seja, apristas. Nos lugares distantes do país, onde por nossas próprias deficiências não pudemos colocar fiscais”, disse.
O dirigente também criticou a chancelaria e o Escritório Nacional de Processos Eleitorais de cometer graves erros na transferência de atas do exterior, onde a liderança da UN arrasou com a votação. Com 2.984.881 milhões de votos, García passou para o segundo turno, com uma diferença de 64.303 mil votos. Da votação participaram mais de 15 milhões de cidadãos peruanos. Humala obteve 3.757.736 milhões de votos, com uma vantagem de 772.855 mil votos sobre o candidato do Apra.
Da Redação
Com agências