Hussein repudia acusações e denuncia ilegitimidade de tribunal

Na reabertura do julgamento do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein pelo tribunal instalado pela ocupação estrangeira do Iraque, Hussein acusou de ilegítimo o tribunal e recusou as acusações feitas pelo tribunal.

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Depois de uma interruppção de três semanas, o tribunal reuniu-se novamente hoje para dar continuidade ao processo de "julgamento" de Hussein. O juiz Raouf Abdel Rahman começou a sessão acusando Hussein de crimes contra a humanidade, pela primeira vez desde o início do julgamento, em outubro. Ele leu as acusações contra o presidente deposto dizendo que o presidente teria ordenado a morte de centenas de pessoas em Dujail, que teriam atentado contra a vida de Hussein na década de 1980.

Enquanto o juiz listava as acusações, Hussein esperava passivamente. "Esta declaração não pode me influenciar, nem afetar um fio da minha cabeça. O que importa para mim é o povo do Iraque e eu", disse Saddam. "Eu sou o presidente do Iraque de acordo com a vontade do povo iraquiano".

Em resposta, o juiz disse: "Você foi, mas não é mais (presidente do Iraque)". Hussein replicou dizendo que o tribunal não é legítimo, assim como a ocupação americana do país".

Rahman disse que alguns dos homens e mulheres presos em Dujail pelas forças de segurança de Saddam foram "torturados com golpes na cabeça e choques elétricos" e que cinco teriam morrido em conseqüência disso.

Depois, a corte chamou o meio-irmão de Saddam, Barzan al- Tikriti, ex-chefe das forças de inteligência, que rejeitou as acusações lidas contra ele, acusando-as de mentirosas. Se for considerado culpado, Hussein, de 69 anos, pode ser condenado à pena de morte.

Com agências internacionais