UFMG comemora 10 anos de investimento no Vale do Jequitinhonha

Dez anos de investimento da UFMG na qualidade de vida dos moradores do Vale do Jequitinhonha, em Minas, serão celebrados com o aniversário do Pólo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, programa que reúne mais de 70 projetos

De acordo com a coordenadora executiva do programa, Maria das Dores Pimentel Nogueira (Marisinha), no começo, as demandas atendidas eram muito pontuais e esparsas. “Atendendo uma aqui e outra ali, a gente não ia alterar a questão de pobreza na região. Preferimos fazer um programa de desenvolvimento regional. Nunca levamos um projeto pronto da universidade para lá. Sempre elaboramos os projetos numa interlocução com a população do Vale”, salienta.

Conhecido por sua grande riqueza cultural e pela pobreza de sua população, o Vale do Jequitinhonha sofre com intenso fluxo migratório, causado, sobretudo, pela pequena oferta de emprego local e baixa taxa de urbanização. "Os jovens do Vale sofrem com a falta de perspectivas ", diz a coordenadora executiva do programa, Maria das Dores Pimentel Nogueira Gonçalves, a Marizinha.

Ela afirma que, para a UFMG, a ausência de alternativas profissionais e de ocupação dessa faixa da população é um dos problemas mais graves da região e, por esse motivo, a Instituição deverá incrementar suas ações na área, consolidando parcerias locais.

Desde que foi criado, cerca de 60 professores, 20 técnicos e 500 estudantes já participaram das parcerias com a população local através de associações, sindicatos, prefeituras e ongs. “É um programa em que a gente compartilha com a região as competências. Então, quando está mais adiantado, a universidade sai e a região troca em frente. Mas no de resíduos sólidos, com a mudança dos prefeitos, alguns dos municípios não deram andamento. Alguns foram bem e outros foram interrompendo”, lamenta a coordenadora.

Resultados

Durante todo o ano, a universidade vai promover atividades comemorativas da data, com o objetivo de tornar os resultados obtidos mais conhecidos e promover reflexão sobre suas pesquisas e atividades junto à população. Três diagnósticos sócio-econômicos sobre a região já estão em fase de publicação. O diferencial é que eles foram feitos com a participação da população. “O eixo central é a população, que se coloca dizendo o que poderia fazer e o que está fazendo. São caminhos de desenvolvimento centrados na própria população”, diz.

Site

Os resultados, a descrição e o conteúdo de cada projeto também estarão disponíveis no novo site do programa, no endereço www.ufmg.br/polo. O site tem linguagem acessível e vai disponibilizar, aos poucos, imagens, sons, publicações e projetos co-relacionados. Os interessados podem entrar em contato com a UFMG para adquirir o material. Confira um exemplo disso no projeto Quem conta um conto aumenta um ponto, da área de cultura.

De Belo Horizonte
Wellington Santos