Definição do quadro eleitoral depende da decisão do PMDB

As negociações para formação das alianças partidárias para as eleições presidenciais e estaduais estão paradas aguardando o resultado da convenção do PMDB prevista para este sábado

Deve prevalecer a tese dos governistas e independentes, que querem priorizar as campanhas parlamentares e de governadores, com independência para compor os palanques estaduais que mais se adequarem a essas prioridades.

A greve de fome do ex-governador Anthony Garotinho enterrou a sua candidatura. E, nos bastidores da corrida eleitoral, a candidatura do ex-presidente Itamar Franco não recebe crédito.
A opção do PMDB pela não-candidatura representa a polarização da corrida presidencial entre dois candidatos, o presidente Lula e o representante da aliança PSDB-PFL, Geraldo Alckmin. A disputa terá ainda a participação da senadora Heloisa Helena, pelo PSOL, a nova legenda da esquerda, fundada por dissidentes expulsos do PT no primeiro ano do mandato de Lula, e o deputado Enéas Carneiro (PRONA-SP).

A senadora tomará votos de Lula, pela esquerda, e Enéas ficará com votos da direita, do eleitorado potencial de Alckmin. Nesse cenário, aumentará substancialmente a hipótese de que a eleição se resolva no primeiro turno.

Escolha do PFL

A aliança PFL-PSDB está quase sacramentada. O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), está tão certo de que o PMDB não lançará candidato que marcou para a próxima quinta-feira (18), a escolha do nome que seu partido indicará para compor, como vice, a chapa de Alckmin.

A executiva nacional do PFL decidiu também convocar 96 pessoas para participarem da votação, que ocorrerá das 9 horas às 12 horas. Estão na disputa para o cargo os senadores José Agripino (RN) e José Jorge (PE).

A convenção nacional do PFL ficou marcada para 14 de junho, quatro dias depois da convenção do PSDB.

Com agências