Pútin afirma que declínio da população é maior ameaça para Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que o aumento na taxa de mortalidade infantil e a queda da natalidade são as ameaças mais sérias ao futuro do país. "O mais grave problema na Rússia moderna &eacu
Publicado 10/05/2006 10:04
De acordo com o líder, a população russa, que gira em torno de 143 milhões de pessoas, perde, em média, 700 mil pessoas por ano. Segundo dados divulgados pela ONU em 2004, a Rússia perde cerca de 1 milhão de habitantes por ano, desde 1998.
Ele anunciou um programa nacional de 10 anos de incentivo à gravidez, criando novos benefícios para mulheres que tiverem um segundo filho ou abandonarem o trabalho para ser mães. Putin também falou de política externa, economia e das forças armadas no discurso desta quarta-feira.
Amenizando o que poderia ser o início de uma crise entre os dois Estados, Pútin evitou comentar as críticas americanas às questões de Direitos Humanos na Rússia. O presidente russo fez apenas comentários genéricos sobre o assunto e chegou a elogiar a suposta "guerra contra o terrorismo" praticada pelo regime americano.
"A casa é o castelo deles, parabéns, parabéns, parabéns. Isso significa que devemos construir a nossa própria casa sólida e confiavelmente", disse Putin, destacando que o orçamento militar americano é quase 25 vezes maior que o da Rússia.
No discurso, Putin afirmou ainda que o problema que se coloca para o futuro é "como integrar a Rússia ao sistema econômico mundial". Ele admitiu a existência de corrupção generalizada na sociedade russa, bem como a desconfiança das grandes empresas e do Parlamento.
Mecanismo regulador
No entanto, ele ressaltou que a responsabilidade social deve ser o objetivo principal dos empresários russos e dos funcionários do governo. O presidente russo também pediu uma participação maior da Organização das Nações Unidas (ONU) nas questões mundiais.
No entanto, ele ressaltou que a responsabilidade social deve ser o objetivo principal dos empresários russos e dos funcionários do governo. O presidente russo também pediu uma participação maior da Organização das Nações Unidas (ONU) nas questões mundiais.
"Não há dúvidas de que são necessárias reformas. A Rússia, que está participando ativamente nesse trabalho, acredita que elas devem aumentar a eficiência e conquistar o maior apoio possível para a organização."
Para Putin, a ONU deveria se transformar em um mecanismo regulador que possibilite a articulação de novas regras, de um novo código de conduta na área internacional, "regras à altura dos desafios dos nossos tempos e que, por isso, são tão essenciais para a globalização".
Com agências internacionais