Requião diz que novo mínimo vai ampliar a distribuição de renda no Paraná
O governador Roberto Requião disse nesta segunda-feira (08), logo após ser informado sobre a aprovação do novo salário mínimo por unanimidade de votos dos 51 deputados estaduais do Paraná, que prevaleceu “a visão solidári
Publicado 09/05/2006 07:55 | Editado 04/03/2020 16:55
Segundo o governador “inicia-se agora um processo muito claro de distribuição de renda no Paraná”. A criação do salário mínimo regional representa uma injeção entre R$ 46 milhões e R$ 66 milhões mensais na economia do Paraná e vai beneficiar, direta e indiretamente, entre 190 mil e 600 mil trabalhadores, de acordo com representantes das centrais sindicais, Dieese e da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho.
Requião acrescentou ainda que a aprovação do novo salário mínimo regional obriga as prefeituras a também pagarem o novo piso social entre R$ 427,00 a R$ 437, 80. “Na verdade é como se fosse um abono sobre o salário-mínimo vigente. É importante que se deixe claro que, no caso das prefeituras, sobre esta diferença não incidem as leis sociais”.
O salário mínimo estadual será aplicado a categorias que não têm dissídio ou acordo coletivo de trabalho, como, por exemplo, a das empregadas domésticas. Com o que for acrescido em seu salário, o trabalhador beneficiado com a medida terá o suficiente para comprar 15 pacotes de 5 quilos de arroz ou então de 12 a 15 quilos de carnes.
O economista Cid Cordeiro Silva, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), também considera o projeto de lei que cria pisos salariais mínimos no Paraná um importante passo para reduzir as desigualdades sociais. “Há um consenso no país para se adotar medidas que venham a reduzir as desigualdades, mas quando se toma uma medida concreta, como essa do governador Requião, aparecem as resistências. As pessoas precisam entender que as desigualdades prejudicam o desenvolvimento de nosso Estado”, afirma.
Ao contrário do que argumentam os opositores do projeto, Cid Cordeiro garante que não haverá demissões em massa e muito menos fechamento de indústrias. “Eles estão superestimando os impactos do novo piso regional, que já foi adotado pelo Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Nesses dois estados não tivemos onda de demissões e nem fechamento de empresas. Não aconteceu nada daquilo.”
Agência Estadual de Notícias