Organizações convocam vigília contra TLC na Guatemala
Organizações populares convocaram uma vigília para amanhã na frente da Corte de Constitucionalidade da Guatemala, um dia antes da discussão de um recurso contra o Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos. O
Publicado 09/05/2006 12:15
Entre as organizações estão a Frente Nacional de Luta, o Bloco Antiimpeialista e outros grupos que vão começar a vigília nesta quarta e se manterão ali até quinta-feira, quando se realizará a vista pública do caso. “Faremos presença na frente da Corte para que o TLC não seja aprovado porque é contrário às nossas leis e nossos direitos”, afirma um comunicado emitido pelas organizações populares.
Hoje continuará no Congresso da República a interpelação do ministro da Economia Marcio Cuevas sobre as implicações do TLC para a Guatemala e as pressões exercidas pelos Estados Unidos para realizar novas modificações sobre o que foi acordado inicialmente.
O deputado Pablo Monsanto, da Aliança Nueva Nación, denunciou que através das mudanças se pretende privatizar a companhia Guatemalteca de Comunicações e beneficiar o setor empresarial, assim como as transnacionais. Ele, que é integrante da Comissão de Economia e Comércio Exterior do Congresso, considerou que “por trás da negociação existem interesses obscuros”.
Por outro lado, a Frente Republicana Guatemalteca, pediu ao organismo executivo que envie outro anteprojeto depois de que foi detectado que na lei de implementação do TLC estão previstas mais de 150 modificações a diferentes legislações.
A deputada da Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca, Alba Estela Maldonado, promotora da interpelação, disse que as primeiras declarações de Cuevas serviram para pôr na mira dos cidadãos as pressões estadunidenses sobre a questão. Na opinião da ex-comandante guerrilheira, o TLC foi negociado desde o princípio pelas costas dos guatemaltecos e seu conteúdo não inclui as perspectivas nem necessidades das pessoas mais pobres da Guatemala.
Da Redação
Com agências.
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