Chávez diz que EUA protegem terroristas

Em seu relatório anual sobre o “terrorismo”, divulgado em 28 de abril, Washington criticou a "afinidade ideológica" de Chávez com a guerrilha da Colômbia e afirmou que sua cooperação na luta “antiterrorista” em 2005 foi "desprezível". Chávez disse que o governo do presidente norte-americano, George W. Bush, "tem protegido" Luis Posada Carriles e dois militares venezuelanos que praticaram atentados a bomba contra representações diplomáticas da Espanha e da Colômbia em Caracas em 2004, os quais deixaram quatro feridos e causaram consideráveis danos materiais.

"Esse é o governo que protege o terrorismo e nos acusa de ser um santuário de terroristas", disse com ironia o presidente venezuelano no ato de inauguração de um liceu público no Estado ocidental de Lara. A Venezuela exige a extradição de Posada, de origem cubana, naturalizado venezuelano e acusado de explodir um avião cubano em 1976. "Lá eles o têm protegido. Nós estamos pedindo sua extradição há mais de um ano. E (nesse período) o governo dos Estados Unidos tem violado o Direito Internacional não mandando-o para cá", disse Chávez.

O terrorista, de 78 anos, está detido em uma prisão do Texas desde maio de 2005. Um juiz de imigração decidiu em setembro passado que ele não poderia ser deportado para Venezuela ou Cuba por causa dos risco de ser “torturado”. Chávez também disse que os Estados Unidos libertaram os tenentes da reserva da Guarda Nacional José Antonio Colina e Germán Rodolfo Varela, que estavam detidos em Miami desde 2004, apesar de Caracas ter solicitado sua extradição. "São terroristas. Foram para os Estados Unidos e estamos pedindo sua extradição. No entanto, acabam de ser libertados. Estão soltos nos Estados Unidos", declarou o presidente venezuelano.

Com agências