Palanque no Maranhão agrava crise entre tucanos e pefelistas
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, e a senadora Roseana Sarney (PFL-MA) tiveram uma discussão áspera ontem numa reunião programada para a montagem de palanque para o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, no Maranhão. No E
Publicado 04/05/2006 17:13 | Editado 04/03/2020 16:48
Para garantir o apoio do comando nacional de campanha, o PSDB local promete eleger seis deputados federais com a decisão. O presidente do PSDB do Maranhão, deputado Sebastião Madeira, costuma lembrar que os Sarney integram a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com cargos federais. Madeira já chegou a dizer que preferiria cicuta ao palanque dos Sarney.
Roseana, por sua vez, tem reclamado da falta de empenho da cúpula do PSDB para que leve o partido para sua campanha. De temperamento explosivo, Roseana e Tasso teriam protagonizado um bate-boca, segundo o relato da própria senadora do PFL.
É mais um nó no momento em que a campanha passa por abalos depois de desentendimentos entre o responsável pela comunicação da campanha tucana, Luiz Gonzalez, e o sociólogo Antônio Lavareda.
Para assumir o posto, Gonzalez pediu que não houvesse interferência de Lavareda -especializado em análise de pesquisas- em seu trabalho. Segundo tucanos, Lavareda deve ficar fora da campanha, sendo Gonzalez o escolhido. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), diz, porém, que Lavareda tem contrato com o partido até julho "e achamos que deve ser mantido".
Somado à delicada costura de alianças e montagem de equipe, o desempenho de Alckmin nas pesquisas tem provocado ansiedade nos aliados. Por isso os tucanos priorizaram a tarefa de minimizar atritos e o governador de Minas, Aécio Neves, será recrutado para a tropa. Anfitrião de Alckmin hoje, Aécio se reúne com Bornhausen para discutir participação mais efetiva. Entre os alvos estão PPS, PDT e PV, além do PMDB.
Ontem, Aécio admitiu que há apreensão no partido, o que considera "natural". "Não esperávamos que Alckmin tivesse crescimento vertiginoso, até pelo baixo conhecimento dele em regiões do país", disse o governador.
Fonte: Folha de S. Paulo