Mantega rebate histeria e garante crescimento de 4% a 4,5%

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a nacionalização do gás na Bolívia não deverá interferir na perspectiva de crescimento, que é de 4% a 4,5% este ano.

Mantega também minimizou a histeria dos conservadores. "A Bolívia tem soberania para se apropriar do uso do solo – o Brasil já fez isso, outros países já fizeram, mas para o fornecimento de gás existe um contrato regido por leis internacionais que tem inclusive um tribunal de arbitragem, que é Nova York", informou o ministro. "Então, poderá haver discussão de preços", disse. Segundo Mantega, o acordo de fornecimento de gás entre Brasil e Bolívia "é antigo, vem do governo anterior". Quando o acordo foi firmado, os dois países escolheram Nova York como foro para dirimir divergências.

 

O ministro também disse que o episódio chama a atenção para a necessidade que o Brasil consiga a auto-suficiência também no gás. “E como já descobrimos reservas no litoral de São Paulo, em algum tempo nós também poderemos ter uma autonomia sobre isso, como já conseguimos em relação ao petróleo", afirmou. "É óbvio que como os outros combustíveis subiram, como o petróleo subiu, a tendência é que o gás venha a subir. Mas não deverá ter reflexo na economia brasileira, nenhum pulo na inflação, porque a tendência é que a gente não aceite aumento de preços", disse. Ele ressaltou que o fornecimento de gás "está garantido pelo governo boliviano".

 

 

Com agências