Petrobras descobre 1 bilhão de barris nos EUA
Além dos investimentos em exploração e produção, a Petrobras está negociando a aquisição de novas refinarias nos Estados Unidos. O diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró, não quis adiantar detalhes, mas admitiu que os planos de compra ev
Publicado 02/05/2006 18:35
Paralelamente, a estatal brasileira planeja dobrar a capacidade de processamento de petróleo da refinaria Passadena, da qual detém 50% do capital com o sócio Astra. O processamento passará de 100 mil para 200 mil barris de petróleo por dia. O objetivo é atuar em toda a cadeia de petróleo nos Estados Unidos. Além do refino, a distribuição com a aquisição de postos de gasolina está sendo estudada.
A Petrobras, em parceria com as gigantes Chevron e BHP, descobriu reservas com potencial de 1 bilhão de barris de petróleo e gás natural no Golfo do México. Do total das jazidas, a companhia brasileira é dona de 300 milhões a 500 milhões de barris, distribuídos em três campos operados em consórcio. Saint Malo, Cascade e Chinook refletem a nova estratégia da Petrobras América nos Estados Unidos -explorar áreas ultraprofundas.O êxito nos três campos onde tentou achar petróleo impulsionou a estatal brasileira a adquirir sozinha outras 12 áreas exploratórias (chamadas de prospectos) com prospecção de até 300 mil metros de profundidade.
Até a aquisição destas áreas, a Petrobras atuava basicamente em águas rasas. "Chegamos à conclusão que eram blocos de potencial muito pequeno e resolvemos fazer diferente de outras companhias e trouxemos tecnologia para explorar em águas ultraprofundas", conta o presidente da Petrobras América, Renato Bertani. O executivo relata com orgulho o novo enfoque da Petrobras. "Não é normal, acertamos nas três apostas".
Golfo do México
Os investimentos da Petrobras nos Estados Unidos dobrarão neste ano para US$ 305 milhões. Em 2005, a petroleira investiu US$ 150 milhões. Seis poços serão perfurados em 2006. A Petrobras possui um total de 35 prospectos por todo o Golfo do México. Os projetos em águas ultraprofundas, entretanto, tiveram de ser adiados por falta de sondas disponíveis no mercado. Bertani afirma que partirá para novas descobertas nestas áreas assim que tiver os equipamentos necessários, provavelmente, em 2008. "Não temos pressa, a concessão é válida por dez anos".
A Petrobras estuda ainda levar para o Golfo do México modelos de produção a partir de plataformas flutuantes do tipo FPSO. "Isso daria mobilidade que a região precisa em virtude da localização geográfica". A indústria petroleira norte-americana ainda não se recuperou dos estragos pela passagem do furacão Katrina. Cerca de 10% da produção de 1,5 milhão de barris ainda não se normalizou, seis meses após a catástrofe.
Com agências