1º de Maio da CUT reúne 1 milhão na Paulista
Mais de 1 milhão de pessoas se reuniram na Avenida Paulista neste 1º de Maio numa grande festa em comemoração do Dia dos Trabalhadores, realizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e CGTB (Central Geral dos Trabalha
Publicado 01/05/2006 22:20
A vice-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Louise Caroline, foi a primeira a discursar. Ela destacou a importância da luta para aprofundar as mudanças no país e o papel essencial que os movimentos sociais e a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) têm a desempenhar na luta por avanços mais profundos no país.
“Já definimos o nosso lado”
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, falou aos trabalhadores e à juventude que "o 1º de Maio é um símbolo da solidariedade e luta dos trabalhadores em todo o mundo". Renato destacou que um dos grandes desafios do mundo atual é enfrentar o desemprego estrutural e garantir trabalho para todos o brasileiros, ao mesmo tempo em que se busca a valorização do salário mínimo, distribuição de renda e ampliar o acesso à educação.
"Temos que garantir a inclusão da juventude no mundo do trabalho, o Brasil precisa de um choque de inclusão social", disse o presidente do PCdoB, repetindo um bordão do discurso de Lula nos últimos dias. Renato afirmou a importância em se ampliar os espaços de participação popular nas decisões do país e ressaltou os avanços obtidos com o governo eleito em 2002. "Nessas lutas o PCdoB apóa e participa do governo Lula. Já definimos qual vai ser o nosso lado na disputa política deste ano. Vai ser pela reeleição do presidente Lula, para derrotar a direita no pais", afirmou.
“Alckmin nunca recebeu a CUT”
Antonio Neto, presidente da CGTB ressaltou a importância da realização das comemorações ao lado da CUT: "Esta unidade no 1º de Maio é histórica". Neto denunciou as tentativas golpistas da elite, "que não aguenta ver um operário como nós na cadeira de presidente da República. Eles tentaram dar um golpe e não conseguiram graças a nossa mobilização".
João Felício, presidente nacional da CUT falou do aumento do salário mínimo de R$ 300 para R$ 350, considerando-a uma das mais importantes conquistas dos trabalhadores. Destacou que que sob o governo Lula o mínimo atingiu o seu maior poder de compra em 20 anos.
Felício lembrou que essa conquista só foi possível “porque temos um governo sensível ao diálogo com os movimentos sociais e os trabalhadores. O ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, nunca recebeu a CUT nos anos em que esteve no comando da administração paulista", recordou. Felício foi categórico ao afirmar que "somente a reeleição do presidente vai fazer com que possamos continuar tendo as nossas reivindicações atendidas", disse. Mais à frente, afirmou que é preciso evitar que "reacionários e ladrões voltem ao poder."
O presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, também fez referência ao aumento do salário minimo. Citou ainda as políticas de destribuição de renda que, sob o governo Lula, atingem milhões de famílias.
Por Renata Mielli,
de São Paulo