CUT recorre de decisão judicial pró-PSDB
Com seu jornal injustamente proibido de circular desde segunda-feira, a CUT-SP decidiu recorrer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No dia 17, o ministro Marcelo Ribeiro, do TSE, acatou representação movida pelo PSDB, que ordenava &l
Publicado 19/04/2006 17:47
Tudo o que foi divulgado não é novidade, até porque foi publicado pela grande imprensa. Apenas cumprimos o nosso papel que é zelar pela defesa dos direitos dos trabalhadores e pela transparência dos fatos – compromisso que assumimos há 23 anos, quando fundamos a nossa Central.
Se nos acusam de fazer campanha eleitoral e de induzir a população a não votar nos candidatos tucanos, então a imprensa faz o mesmo ao divulgar “Banco Estatal beneficiou aliados de Alckmin”; Assembléia investiga doações a Lu Alckmin; Ministério Público vai investigar denúncias contra Alckmin; MP investigará convênio do acupunturista do tucano entre outras notícias publicadas recentemente?
Assim como a grande imprensa tem toda a liberdade em investigar a vida pública das autoridades, nós temos o compromisso de alertar o trabalhador e mantê-lo consciente do que está acontecendo.
Para resolver os diversos problemas enfrentados no Estado de São Paulo — como a onda de rebeliões e violência na Febem; o aumento da criminalidade; a matança de jovens nas periferias; a falta de médicos e materiais básicos nos hospitais; o analfabetismo funcional entre outros – é fundamental o diálogo e a transparência.
Há 12 anos, a CUT/SP e os sindicatos filiados do funcionalismo público estadual propõem ao ex-governador a instalação de uma mesa permanente de negociação, para se discutir e implementar políticas públicas que melhorem os serviços públicos, bem como a sua qualidade. No entanto, o governo do PSDB sequer atendeu as nossas solicitações, se fechando ao debate.
Já tomamos as medidas cabíveis e vamos aguardar a apreciação do TSE sobre a nossa defesa.
Edílson de Paula, presidente da CUT-SP