Publicado 10/04/2006 17:33
O deputado Wilson Santiago (PMDB/PB) defende o agendamento de uma nova eleição, em data a ser definida em acordo com Moka. “A eleição não teve valor legal. O Regimento Interno diz que o líder deve ter a maioria absoluta”, sustenta Santiago. A maioria absoluta representa o apoio de 42 deputados.
Quorum
Moka rebate que Wilson Santiago concordou em realizar a eleição pelo voto secreto, mas não compareceu à reunião. “Ele assinou um documento, convocou a eleição e não foi. Mesmo assim, fizemos o quorum”.
O deputado sul-mato-grossense avalia que foi prejudicado pela Mesa e vai pedir que a decisão seja reconsiderada. Ele observa que a eleição foi invalidada por causa da conferência de apenas uma assinatura, do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB/BA).
“É um excesso de zelo, já que a eleição foi pública e gravada pela TV Câmara”, lembra. A principal reclamação de Santiago é que a eleição foi realizada no mesmo dia da reunião da Executiva do partido e da votação do processo contra o ex-presidente da Câmara e deputado João Paulo Cunha (PT/SP), o que teria prejudicado o quorum. “Só participaremos de uma eleição em que os candidatos e grupos envolvidos se comprometam em construir a unidade da bancada. Não pode haver radicalização”.
Prévias
A liminar do STF suspendeu, em 27 de março, a lista de assinaturas que recolocou Wilson Santiago no cargo. A lista tinha o apoio de 43 dos 82 deputados da bancada na época.
Wilson Santiago havia sido destituído da liderança depois de ter apoiado o adiamento das prévias do partido para escolher o pré-candidato à Presidência da República. O ato foi considerado uma traição da ala oposicionista do PMDB, que defende candidatura própria.
Com a destituição de Santiago, Moka tornou-se líder depois obter o apoio, em lista de assinaturas, de 51 dos 82 deputados da bancada. Ao assumir o cargo, Moka teve como primeira iniciativa convocar uma eleição para confirmar sua liderança pelo voto secreto.
Fonte: http://www.diap.org.br