Exército desocupa morros do Rio e muda estratégia
O Comando Militar do Leste ordenou a desocupação dos morros no Rio de Janeiro e pretende mudar a estratégia de ação para recuperar os fuzis roubados do Estabelecimento Central de Transporte (ECT). Após 10 dias de operações em diversas localidades, os mili
Publicado 13/03/2006 18:00
O relações-públicas do comando, coronel Fernando Lemos, afirma que a ocupação entrou em uma nova fase, com base no cruzamento de informações recebidas pelo Disque-Denúncia com as das próprias comunidades e as obtidas pelos demais órgãos envolvidos, como as polícias Federal, Militar e Civil. Segundo ele, ainda hoje, o Comando emitirá nota oficial sobre o trabalho e deve, ainda, promover coletiva de imprensa à tarde para esclarecer os fatos.
O coronel Lemos explicou que as tropas do Exército desocuparam ontem (12) os morros da Providência e da Mangueira porque expirou o prazo do mandado de busca e apreensão concedido pela Justiça para a ação de recuperação dos fuzis roubados. Em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado sobre a operação militar no Rio de Janeiro, durante a reunião de coordenação política, segundo a Secretaria de Imprensa e Porta-Voz.
O vice-presidente e ministro da Defesa José Alencar teria afirmado que não há recuo nas ações com a retirada das tropas de algumas favelas cariocas. Alencar informou que a Companhia de Inteligência do Exército foi acionada para contribuir na localização das amas. As medidas teriam sido aprovadas por Lula, segundo a Secretaria de Imprensa.
Na semana passada, o promotor de Justiça Militar Antonio Carlos Gomes Facuri afirmou que já teriam sido identificados quatro suspeitos de roubarem os fuzis. Pelo menos dois desses suspeitos são ex-militares. Pelo menos 20 pessoas, teriam participado da ação criminosa juntamente com os suspeitos, de acordo com o promotor.