Cuba e Brasil se unem a países caribenhos no combate a Aids
Cuba e Brasil assinarão acordos com a Comunidade do Caribe (Caricom) para auxiliarem o tratamento dos infectados com o vírus HIV e para doarem medicamentos antiretrovirais para as 15 nações que compõem o bloco caribenho.
Publicado 13/03/2006 14:17
O subsecretário-geral da Caricom, Edward Greene, disse que Cuba ofereceu treinamento para um grupo de pessoas que tratará dos pacientes que pegaram o HIV, além de ajudar a combater o contágio e a discriminação contra as pessoas infectadas.
Já o Brasil doará remédios para mais de 500 pessoas por um ano.
O Comitê Regional da Parceria Pan-caribenha contra a Aids (Pancap) e Cuba assinarão o acordo no final do mês, disse Greene.
"O treinamento pode ampliar o número de pessoas com a capacidade de cuidar e ajudar pessoas com Aids", afirmou o subsecretário-geral da Caricom.
Segundo ele, Cuba iniciaria o treinamento em dois dos maiores países da Caricom e em um que é membro da Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECS).
Segundo as estatísticas mais recentes do Governo da Guiana, pelo menos 500 mil pessoas estão infectadas pelo HIV ou desenvolveram a doença no Caribe.
Além disso, o funcionário disse que o Brasil estabeleceria um projeto de cinco anos para fornecer remédios gratuitos, com a ajuda da OECS, para 550 pessoas.
"Os cubanos trabalharão com aqueles que não foram atingidos pela doença, enquanto os brasileiros se concentrarão nas pessoas com Aids. Estas duas ações se complementam e se conseguirmos fazer com que funcionem será uma maneira eficaz de combater a doença", afirmou Greene.
Ele também disse que a proposta do Brasil representaria uma economia de pelo menos 2,5 milhões de dólares em um período de cinco anos para os países beneficiados.
Fonte: EFE