O economista Paulo Nogueira Batista Jr. destaca que o Conselho Monetário Nacional precisa aumentar, sem demora, as metas de inflação irrealistas fixadas nos anos recentes.
O deputado Renildo Calheiros (PE) afirmou que não há atividade econômica que permita uma remuneração tão alta capaz de pagar 13,75% de juros e ainda se buscar lucro
Em meio às críticas de Lula ao Banco Central e a seu presidente devido à manutenção da taxa em 13,75%, economistas apontam impactos que Selic elevada traz para o país
A economia global enfrenta riscos e oportunidades no próximo ano, desde o aumento das taxas de juros até a reabertura da China.
Brasil lidera o ranking mundial dos maiores juros reais – a taxa básica de um país, descontada a inflação esperada para os próximos doze meses.
Com juros da dívida pública em R$500 bilhões, Selic em 13,75% impulsiona gastos do governo; Guedes disse em 2018 não ser razoável o Brasil gastar US$ 100 bilhões em juros ao ano.
Preço da alimentação não dá trégua e diminuição dos preços dos combustíveis é “redistribuição de renda dos pobres para a classe média”, aponta economista da UNB.
O Federal Reserve insiste em aumentar a taxa apesar do resultado pífio. Quedas de preços estão mais relacionadas com empobrecimento e endividamento dos americanos.
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo critica a macroeconomia do país, “montada sobre pressupostos equivocados”, que não resolve drama da inflação em vez disso, causa danos ao conjunto da sociedade.
Aumento de meio ponto percentual afetará a economia de todo o mundo com investidores preferindo desviar seus dólares para os EUA, mas também pode causar recessão e estagflação naquele país.
Ao aumentar as taxas de juros, o banco central espera alcançar uma proverbial “aterrissagem suave” para a economia dos EUA, em que seja capaz de domar a inflação rápida sem aumentar o desemprego ou desencadear uma recessão.
“Quem se beneficia é o setor financeiro, os rentistas em geral. Quem se prejudica é o setor empresarial produtivo, assim como quem tem dívida atrelada à Selic”, diz o professor José Luis Oreiro, em entrevista à RBA.