Nesta terça, houve encontro de governos progressistas e reuniões bilaterais com Suécia, Dinamarca, Áustria e Alemanha.
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Depois de um ano negando as máscaras, a nova política sueca não é uma regra simples de usar máscaras. Em vez disso, recomenda o uso de máscaras das 7h às 9h e das 16h às 18h, para os nascidos “em 2004 e antes” que não tenham assento reservado nos ônibus. Se isso parece muito complicado, é porque é.
País que rejeitou o lockdown, distanciamento social e máscaras como medida para combater a pandemia registrou recorde de mortes e tem mudado a abordagem contra o novo coronavírus.
Um fator que aparece nas respostas japonesas e suecas é o excepcionalismo nacional. A compreensão arrogante de que “nós” não apenas somos distintos dos demais, mas de alguma forma também superiores.
A cientista política Ana Prestes analisa os principais fatos do dia com destaque para a marca de 8 milhões de infectados pela Covid-19, os novos casos na China e na Nova Zelândia, países que já superaram o primeiro surto. Rússia, tensão na Península Coreana e entre China e Índia, o uso da cloroquina e hidroxicloroquina e uma vitória das pessoas LGBTs nos Estados Unidos também estão entre os assuntos destacados.
Um olhar panorâmico sobre os principais fatos da conjuntura mundial da cientista política Ana Prestes destaca a “conquista internacional” de ocupar a segunda posição em número de infectados pela Covid-19 e a quarta em relação aos óbitos. Outros temas em análise são os protestos antirracistas no EUA, que também se expandem pela Europa, a fuga de investimentos estrangeiros no Brasil, a renegociação da dívida argentina e a tentativa de Donald Trump de fomentar atritos entre os integrantes do G7.
Governo da Suécia enfrenta protestos por não ter adotado medidas de isolamento e conquistar os piores índices de mortalidade do mundo, sem qualquer efeito econômico positivo.
Dinamarca, Finlândia e Noruega estão debatendo se devem manter restrições de viagem à Suécia, ao passo em que facilitam o acesso a outros países europeus.
A Suécia prova que a crise econômica não é culpa do isolamento social, mas da pandemia. Lá não se impôs bloqueio total à vida pública ou às empresas, apesar do avanço da doença. Dados do banco central do país e dos principais think tanks suecos mostram que a economia é tão afetada ou mais que os vizinhos europeus.
O país escapou do desastre visto na Itália, mas teve muito mais mortos do que os vizinhos da Escandinávia. Se ainda é cedo para determinar os benefícios sanitários, já é possível pelo menos apontar um desfecho econômico ruim.