Indigenista chamou Xavier de “bandido” e “miliciano” e o acusou de ser responsável por mortes do colega Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips
Agência Pública revela que governo Bolsonaro permitiu o registro de mais de 400 fazendas a partir da Instrução Normativa nº 9 (IN 09) da Funai.
Aruã Pataxó endossa a crítica ao governo Bolsonaro, que desestruturou de forma planejada a fundação.
Além das vigílias por Bruno Pereira e Dom Phillips, servidores exigem a saída do policial Marcelo Xavier da gestão abusiva da Funai.
Funcionários da Funai, sob sigilo, denunciam que o órgão tornou-se quartel-general da política de extermínio indígena. O assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips seria parte desta estratégia.
Servidores exigiram retratação do presidente do órgão, que acusou o colega desaparecido de estar em área irregular, e farão ato de protesto em Brasília nesta terça (14).
A ação policial deixou pelo menos três indígenas feridos com balas de borracha e foi realizada sem mandado judicial.
Nos últimos três anos, uma série de medidas restritivas de direitos foram adotadas pela Funai com o objetivo de excluir das políticas de proteção, fiscalização e demarcação de terras mais da metade dos povos originários do país
Brasil possui cerca de 724 unidades de Terras Indígena e Funai só poderá proteger as 487 que são homologadas, segundo informa o jornal O Globo.
Os povos originários, em suas resistências e experimentação da boa vida, representam um risco ao poder.
Em entrevista à Agência Pública, a antropóloga Lúcia Helena Rangel, que coordenou o relatório do CIMI, diz que o primeiro ano da pandemia misturou tudo: “violência, truculência, descaso e abandono do governo”
Presidente da Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB diz que crime de genocídio se configura por ações e omissões do presidente da República: “O que está acontecendo é que o STF precisou assumir a gestão, determinando o plano de proteção, de vacinação, e mesmo assim o governo não apresentou adequadamente”.