Salário médio do contratado é menor que o do demitido. "Acordos" diretos entre patrão e empregado resultaram em mais de 9 mil desligamentos.
Os dados divulgados nesta quarta-feira (28) pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) sobre o desemprego agravam ainda mais o cenário vivido pelo trabalhador brasileiro. A população brasileira economicamente ativa, empregada ou em busca de emprego, vive em um cenário de falta de perspectivas para o ano que se inicia, afirmam entrevistados pelo Portal Vermelho.
Por Railídia Carvalho
De acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Problemas e Prioridades para 2018, realizada pelo Ibope para a CNI, o desemprego e a corrupção são citados por 56% e 55% da população, respectivamente, enquanto a saúde aparece em terceiro lugar, com 47% de citações entre os três principais problemas do país.
Mostra da fragilidade do discurso do governo, que celebra o desempenho da economia, o desemprego segue elevado no país. Após a entrada em vigor da reforma trabalhista – que segundo Michel Temer contribuiria para a criação de vagas -, de novembro a janeiro, a taxa de desemprego ficou em 12,2%. “Há uma situação em que estabilizamos no inferno. O mercado de trabalho está muito ruim, parou de piorar, mas permanece em nível muito insatisfatório”, diz o economista André Calixtre.
Por Joana Rozowykwiat
Mais uma demonstração da fragilidade do discurso do governo – que celebra uma suposta recuperação da economia -, o desemprego no Brasil voltou a subir no país. Após a entrada em vigor da reforma Trabalhista, que segundo Michel Temer contribuiria para a geração de postos de trabalho, no período de novembro-janeiro, a taxa de desemprego passou de 11,8% a 12,2%. O número de desempregados no período foi de 12,7 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta (28).
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/IBGE) divulgada nesta sexta-feira (23) aponta que a juventude brasileira é a principal vítima do desemprego comparado aos outros grupos da população. De acordo com os dados, 64,3% dos jovens entre 14 e 24 anos estão desempregados no Brasil. 22% é o indicador para a população na faixa etária adulta.
Dados da pesquisa Pnad Contínua, divulgados nesta sexta-feira, 23, pelo IBGE, mostram que o trabalhador que não têm carteira assinada recebe, em média, 44% menos que o trabalhador formal.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostram que taxa de desemprego é maior para mulheres e negros.
Os brasileiros estão demorando, em média, um ano e dois meses para conseguir emprego no Brasil, segundo a pesquisa “O desemprego e a busca por recolocação profissional no Brasil”, realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), divulgada nesta terça-feira (20). Em 2016, o tempo médio de desemprego era de cerca de um ano. Confira AQUI a pesquisa na íntegra.
Por Marize Muniz
Segundo o IBGE, somando os 11,1 milhões de trabalhadores que atuam sem carteira e os que resolveram trabalhar por conta própria (23,1 milhões), o total é maior que o número de trabalhadores registrados. São 34,2 milhões de informais para 33, milhões de registrados. Os números revelam, que apesar de alguns indícios de melhora na economia brasileira nos últimos meses, o mercado de trabalho ainda sofre com os efeitos da crise e, como é de costume, deve ser o último componente a reagir .
A exemplo do que detectou o IBGE em sua pesquisa nacional, o emprego formal diminuiu. A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo foi de 18% no ano passado, a maior desde 2004, segundo pesquisa da Fundação Seade (órgão vinculado ao governo estadual) e do Dieese. A trajetória era de queda até 2013. Na média, a região teve 2,002 milhões de desempregados, 137 mil a mais do que no ano anterior, crescimento de 7,3%.
Emprego sem carteira assinada superou o formal pela primeira vez em 2017. No ano passado, foi a informalidade que ditou a recuperação do mercado de trabalho.
Por Dimalice Nunes, da CartaCapital