O título desse artigo, cujo objetivo é avaliar a luta do movimento negro e apresentar perspectivas, é a frase que sintetiza o texto, pois a luta contra o racismo e promoção social da população negra no Brasil acumulou importantes vitórias.
Estamos diante de uma oportunidade singular para avançar nas mudanças, as ruas, essa notável professora, estão gritando em todo país. Está na hora dos movimentos sociais organizados participarem das manifestações e com habilidade contribuírem para que o urro do povo ecoe e transforme o Brasil.
O Dia Nacional da Consciência Negra é uma construção sócio-política do movimento negro brasileiro, cujo objetivo foi superar uma imprecisa narrativa da classe dominante e do Estado sobre um processo histórico, político e econômico que alijou durante 388 anos a população negra. Por isso é um instrumento ideológico e político para ser utilizado na luta para superação do racismo e de seus desdobramentos sobre a vida de 50,6% da população brasileira.
O movimento negro brasileiro foi um segmento do movimento social atuante na disputa eleitoral (2012), há tempo entendemos que as eleições é a principal batalha política e o caminho necessário para, no campo institucional, garantir a implantação de políticas públicas que enfrentem com efetividade e eficácia os nefastos desdobramentos do racismo sobre a população negra e incidam na desigualdade entre negros e brancos no campo econômico, social e político.
No editorial da Folha de São Paulo de 16/10/2012, intitulado “Cotas de populismo” a Folha, em sua usual crítica aos avanços promovidos pelo governo nas políticas de ações afirmativas, demonstra seu inconformismo com a proposta da Presidenta Dilma em reservar 30% das vagas no serviço público para negros (pretos e pardos para o IBGE). Essa e outras medidas poderão ser anunciadas no dia 20 de novembro próximo, Dia Nacional da Consciência Negra.
Apesar do apoio de petistas a Maria Elizabeth Rocha, ministra do Superior Tribunal Militar, torná-la uma das favoritas para posto, Dilma será consequente com sua decisão de fortalecer as mulheres se perceber que entre elas existem as negras.
Completamos no dia 13 de maio 123 anos da assinatura da Lei Áurea, lei que extinguiu a legalidade da escravidão no Brasil, dando fim aos longos 388 anos mais lúgubre da história nacional.
A União de Negros Pela Igualdade – UNEGRO/SP realizou, com muito êxito, no dia 25 de abril, na Capital de São Paulo, sua Plenária Estadual “Por Um Novo Projeto de Desenvolvimento Nacional: O Negro Compartilhando o Poder”.
O Supremo Tribunal Federal – STF convocou para os dias 03, 04 e 05 de março, Audiência Pública sobre Políticas de Ação Afirmativa de Reserva de Vagas no Ensino Superior, para subsidiar o Ministro Ricardo Lewandowski, relator da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF, proposta pelo Partido Democrata – DEM, contra o sistema de cotas, em vigor desde 2005, na Universidade de Brasília – UNB.
O imperialismo ganha vigor e longevidade na medida em que aprimora sua capacidade de impor hegemonia política planetária, explorar povos e países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento e evitar mobilidade na hierarquia das nações. Sendo assim, os oito anos de Governo Lula são essencialmente antiimperialistas, visto que o desenvolvimento do Brasil permitiu a imposição de uma nova relação política com os Impérios.