Força Nacional do SUS apoiará municípios atingidos pelas queimadas
Nesta segunda-feira (16), equipes do Ministério da Saúde visitaram o Amazonas, Acre e Rondônia
Publicado 16/09/2024 18:07 | Editado 16/09/2024 18:13
A Força Nacional do SUS está apoiando os estados e municípios mais afetados no país com as queimadas. Nesta segunda-feira (16), equipes do Ministério da Saúde visitaram o Amazonas, Acre e Rondônia.
Em nota divulgada no sábado (14), a pasta diz que o apoio da Força Nacional ocorrerá em três níveis.
O primeiro deles envolve a orientação e organização da rede assistencial, reforçando os serviços, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde a maior parte dos problemas pode ser resolvida.
O segundo nível de apoio inclui a expansão da oferta a partir de pontos de hidratação. Já o terceiro nível, se necessário, prevê o uso de estruturas maiores, com espaços otimizados dentro das próprias Unidades Básicas de Saúde ou a partir de estruturas externas, como hospitais de campanha, caso a rede colapse, o que não é o cenário atual.
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“A Força Nacional do SUS está mobilizada para ações que se façam necessárias em apoio ao atendimento à população. Tanto o Ministério da Saúde quanto o Ministério do Meio Ambiente têm a palavra prevenção como chave”, disse a ministra Nísia Trindade.
De acordo com ela, as equipes da Força estão mobilizadas para visitar os estados e municípios mais afetados no país. O objetivo é avaliar a situação e apoiar gestores locais.
A pasta da Saúde divulgou na semana passada o informe de queimadas. As áreas com os maiores focos de incêndios florestais se concentram nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.
Os estados com os maiores números são Mato Grosso (MT), Pará (PA), Tocantins (TO), Amazonas (AM), Minas Gerais (MG), Maranhão (MA) e Goiás (GO).
O levantamento revela ainda que as populações expostas para os municípios que apresentaram pelo menos dois dias consecutivos de violações do padrão diário de qualidade do ar recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
São Paulo é o município com a maior população exposta, seguido por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Manaus.
O Ministério da Saúde mantém monitoramento das áreas afetadas pelas queimadas e incêndios florestais por meio da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (VigiAr).
A qualidade da água também é monitorada através do VigiÁgua, e em colaboração com outros órgãos orienta as áreas afetadas em relação ao provimento de água potável.
Recomendações
Diante do cenário de seca extrema, potencializado com as queimadas que derrubam ainda mais a umidade do ar, o Ministério da Saúde reforça as seguintes recomendações:
Para a população:
– Aumentar a ingestão de água potável e procurar locais mais frescos;
– Evitar atividades físicas em áreas abertas;
– Evitar ficar próximo dos focos de queimadas;
– Pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos são mais vulneráveis aos efeitos à saúde decorrentes da exposição à poluição do ar e ao calor extremo e precisam de cuidados maiores e manutenção de consultas em dia;
-Em caso de sintomas de náuseas, vômitos, febres, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas de cabeça, no peito ou abdômen, buscar atendimento médico.
Para os gestores:
-Reforçar o atendimento nos serviços de atenção à saúde, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA);
– Monitorar as informações de qualidade do ar, umidade relativa do ar e temperatura;
– Monitorar oferta e qualidade da água e garantir à população o acesso à água potável, com pontos de distribuição e bebedouros públicos, em especial em áreas remotas e de maior vulnerabilidade social;
-Garantir a oferta adequada de pontos de hidratação e nebulização, avaliando a necessidade de novas estruturas junto aos serviços de saúde (tendas e salas de hidratação);
– Capacitar e orientar equipes de atenção à saúde para compartilhar informações com a população, identificar e manejar em tempo oportuno riscos e agravos à saúde, especialmente em pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos;
– Reforçar ações de promoção e atenção à saúde mental.
Com informações da Ascom/MS