Bolsonaro recua e pagará mais 2 parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial
A líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC), diz que prorrogação por mais dois meses não resolve e defendeu o pagamento até o final do ano
Publicado 30/06/2020 18:11 | Editado 30/06/2020 23:04
Pressionado pelo Congresso Nacional, Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (30) que vai estender o auxílio emergencial em duas parcelas de R$ 600. O governo propôs primeiro pagar três parcelas de R$ 300 e, depois, mudou a proposta para o escalonamento decrescente com três: de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. Mas a ideia não encontrou respaldo no parlamento.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lembrou que o Congresso autorizou o executivo fazer isso por meio de decreto. Segundo ele, é bom que o governo aproveite os 60 dias para discutir medidas mais concretas de ajuda à população, sob pena de ter que prorrogar mais uma vez o benefício.
A líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida (AC), diz que só renovar por mais dois meses não resolve a situação dos pobres ou daqueles que perderam seus postos de trabalho.
“A bancada do PCdoB defende que a ajuda emergencial, os R$ 600, vá até o dia 31 de dezembro e que depois este plenário seja capaz de discutir uma renda mínima para os pobres do Brasil”, discursou a deputada.
Ela lembrou que o Brasil, pelo comportamento do presidente, será o último país do mundo a sair deste momento de dificuldades de pandemia. “E tudo indica que as mortes no Brasil ainda vão subir muito”, lamentou.
Na análise do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), Bolsonaro tomou a iniciativa em função das pressões e do seu desgaste. Ele também avalia que mais dois auxílios não resolvem o problema. “Nós queremos a prorrogação até o final do ano”, disse.