Líder do PCdoB quer CPI apurando vazamento da PF sobre caso Queiróz
Em reportagem neste domingo do jornal Folha de S.Paulo, o empresário Paulo Marinho, que é suplente do senador Flávio Bolsonaro, diz que um delegado-informante avisou o parlamentar sobre a Operação Furna da Onça que iria atingir seu ex-assessor Fabrício Queiróz
Publicado 17/05/2020 16:39 | Editado 17/05/2020 17:04
A líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Perpétua Almeida (AC), defendeu neste domingo (17) a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias do empresário Paulo Marinho sobre o vazamento da Polícia Federal (PF) para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, de uma operação que iria atingir seu ex-assessor Fabrício Queiróz.
Em reportagem neste domingo do jornal Folha de S.Paulo, o empresário, que é suplente do senador Flávio Bolsonaro, diz que um delegado-informante avisou o parlamentar sobre a Operação Furna da Onça.
Queiróz movimentou milhões por meio de “rachadiha” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Nesse esquema, funcionários repassavam parte de seus salários ao parlamentar.
Segundo o ex-aliado, os policiais teriam segurado a operação, então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a candidatura de Bolsonaro na disputa com Fernando Haddad (PT).
CPI Já
Perpétua Almeida considerou as declarações do empresário “nitroglicerina” e disse que é urgente a instalação de uma CPI.
“CPI, JÁ! Revelação do empresário Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro, é nitroglicerina! Diz ele q delegado/informante da PF, antecipou ao filho do presidente a Operação Furna da Onça q atingiu Fabrício Queiróz, operação adiada p não prejudicar campanha de Bolsonaro no 2º turno”, escreveu a líder no Twitter.
Segundo ela, o episódio deixou claro o real interesse de Bolsonaro em trocar comando da PF.
“A pergunta é: qual delegado da PF segurou investigação de Queiroz durante as eleições de 2018? Imprensa apurou que Ramagem era o delegado da operação que originou a ‘Furna da Onça’ atingindo gabinete de Flávio Bolsonaro”, indagou.
Para a líder, o foco de Bolsonaro é usar as estruturas oficiais e o poder que detém para blindar os crimes da sua família.
“A CPI se faz urgente para investigar os elos de tantas denúncias. Aliados deixados à beira da estrada por Bolsonaro, tem revelado muitos segredos, mas nada se apurou até aqui”, defendeu.
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