Publicado 12/03/2018 16:05
"Não temos votos. Não adianta. O governo não tem os 308 votos. Já fiz essa conta de baixo pra cima, de cima pra baixo, de norte para sul e de leste para oeste. Não temos votos", disse o deputado, descartando a tese de que reforma não foi votada por conta da intervenção federal no Rio de Janeiro, já que a legislação determina que, em função da intervenção, o Congresso não pode promover alteração à Constituição.
O governo chegou a cogitar a possibilidade de suspensão da intervenção, caso tivesse os votos, o que não aconteceu por falta de votos.
"Não foi só a ineficiência do governo, mas há uma barreira cultural. A população acredita que o governo sempre tem de prover tudo", disse ele, como se a aposentadoria fosse um benefício que não custasse ao trabalhador.
Ele disse que votos em favor da reforma da Previdência vão aparecer após as eleições, ou seja, ele acredita que mesmo contrariando a vontade popular, os deputados vão votar pela reforma, pois não haverá a ameaça das urnas.
"Depois da eleição é outro planeta. Será outra realidade totalmente diferente", disse ele, afirmando que o próximo governo terá capital político suficiente para aprovar a reforma e que será ainda mais "profunda" do que a que está em discussão, isto é, vai retirar anda mais direitos do trabalhador brasileiro.