Comissão secreta vai investigar possível assassinato de Hugo Chávez
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, nesta quarta-feira (15), que nomeou uma comissão secreta para investigar a tese levantada pela opinião pública internacional de que o presidente Hugo Chávez não morreu em decorrência de um câncer, mas sim, de um assassinato.
Publicado 15/06/2016 16:44
“A imprensa mundial tem noticiado uma tese de assassinato do comandante Hugo Chávez. Parece que há uns documentos sobre o tema. Eu nomeei uma comissão secreta para investigar os documentos e as evidências que começam a surgir sobre o assassinato”, afirmou Maduro durante seu programa semanal Em Contato com Maduro, transmitido pela TV estatal.
Neste sentindo o mandatário expressou que a teoria “deve ser avaliada com a objetividade da ciência e da história e o calor desta causa que levamos é a causa dele [Hugo Chávez]”. Maduro também enviou um recado aos seus opositores. “Muitos acreditam que eliminando o comandante Chávez acabaria a revolução. Não foi assim, nem será assim”.
A origem da hipótese
A história começou quando a advogada e escritora estadunidense com nacionalidade venezuelana Eva Golinger publicou uma reportagem no portal Russia Today onde afirma crer que Hugo Chávez foi assassinado. Segundo ela, isso fica ainda mais claro agora, com a série de ofensivas imperialistas contra a América Latina.
Segundo Golinger, não seria exatamente uma “surpresa” que o líder venezuelano tivesse sido assassinado, porque ao longo de sua carreira política ele sofreu incontáveis tentativas de atentados contra a vida. “Certamente não é difícil imaginar que o governo estadunidense estivesse envolvido em um assassinato político de um inimigo que eles claramente – e abertamente – queriam ver desaparecer”, escreveu ela.
Golinger afirma ter provas de que vários colaboradores próximos de Chávez, que tinham acesso à vida íntima do presidente, estavam vinculados ao centro de fusão de inteligência entre a CIA, a DEA e o DIA e agora, depois da morte de Chávez, colaboram com o governo dos Estados Unidos.
A advogada denuncia que este centro de fusão começou a ser operado em 2006 com uma missão especial de inteligência clandestina na Venezuela e em Cuba. Por isso, ela acredita que não seria estranho se Chávez tivesse sido assassinado “por algum tipo de exposição a altos níveis de radiação, ou por uma infecção capaz de causar um câncer”.