Sinpro elege direção que vai conduzir luta dos professores até 2018
A Chapa 1 – Movimento Renovação e Luta CTB-Educação foi eleita nesta quarta-feira (26) para a direção que comandará o Sindicato dos Professores de Pernambuco entre 2014-2018. A Chapa 1 obteve 3.917 votos entre os 3.840 professores votantes. Brancos e nulos somaram 77 votos. Cinquenta urnas foram disponibilizadas em todo o estado.
Publicado 01/12/2014 10:05 | Editado 04/03/2020 16:55
A direção eleita do sindicato é composta não só por novos membros, mas também por parte da direção anterior, que permanece na luta. O presidente eleito, Jackson Bezerra, avalia que o sindicato passa por um novo momento, pois essa direção se consolidou não apenas por defender o interesse da categoria, mas de toda a classe trabalhadora.
De acordo com presidente, o Movimento Renovação e Luta CTB-Educação defende que a entidade sindical incorpore no cotidiano de suas ações políticas a luta pela concretização de um novo projeto de desenvolvimento para o país.
“A construção da chapa única demonstrou a unidade da categoria em torno da luta pela educação com qualidade e comprometida com o desenvolvimento do nosso país. O desafio dessa nova gestão é garantir melhores condições de trabalho, valorização profissional, além de lutar contra a informalidade e sonegação de impostos por parte das instituições de ensino privado, bem como enfrentar e combater os desvios dos recursos na educação pública” afirmou Jackson.
Esse processo eleitoral foi marcado também por repressão aos professores da rede privada de ensino que tiveram seu direito ao voto negado, o que atinge diretamente a organização dos trabalhadores e a autonomia sindical. Em lamentável demonstração de autoritarismo, algumas instituições de ensino proibiram a entrada das urnas em seus estabelecimentos. A direção do Sinpro Pernambuco pediu a intervenção do Ministério do Trabalho e Emprego para garantir o direito do professor.
Veja as propostas da Chapa 1 eleita.
Gênero e Etnia
Promover ações de combate à violência e à intolerância racial, de gênero e de orientação sexual no mundo do trabalho, sobretudo, no ambiente escolar; exigir políticas públicas de orientação e proteção para as mulheres, negros e negras e LGBTs; garantir a transversalidade nas políticas de ações afirmativas materializadas na obrigatoriedade no ensino da história e cultura dos povos africanos e indígenas no Brasil; manter parcerias com instituições que atuam nas questões de gênero, raça e LGBT.
Formação e valorização profissional
Proporcionar a formação continuada dos professores e professoras para desenvolvimento de atividades na área educacional, cultural e política; promover encontros, seminários e palestras para a educação infantil, ensinos fundamental, médio, profissionalizante e superior, das redes públicas e do setor privado de ensino; criar a Revista do Sinpro; reforçar a luta pela construção de Convenções Coletivas e Acordos Coletivos de Trabalho no ensino superior, Sistema “S”, cursos livres, profissionalizantes e de idiomas; combater a forma de contratação dos professores no Sistema “S” e cursos profissionalizantes como instrutores, enfrentando a precarização das relações de trabalho.
Cultura, lazer e esporte
Estabelecer parceiras com instituições culturais, cinemas, teatros, coletivos de arte, etc., para incentivar o contato do professor e da professora com a produção artística local, nacional e internacional; estimular e incentivar a criação e a produção intelectual e artística dos professores e professoras; manter e ampliar os momentos de integração dos professores e professoras a exemplo das festas do Carnaval, São João e Dia do Professor; estimular as práticas esportivas como forma de interação social e cuidado com a saúde; criar o Cine-clube do Sinpro.
Saúde e relações de trabalho
Implementar ações que levem à melhoria das condições de trabalho aos professores e professoras como a campanha de prevenção às doenças ocupacionais; promover pesquisas sobre a saúde do professor e da professora no setor privado e nas redes públicas de ensino; acompanhar e fiscalizar as Cipas, bem como as normas de regulamentação de saúde e segurança do trabalho; elaborar cartilhas de prevenção aos assédios moral, sexual e psicológico; consolidar o coletivo de jovens trabalhadores e trabalhadoras com intuito, inclusive, de fiscalizar a aplicação da Lei do Estágio nas escolas; estimular a implementação da organização de trabalhadores e trabalhadoras por local de trabalho a exemplo das associações de docentes nas instituições de ensino superior; acompanhar e fiscalizar os regimes próprios de previdência nos municípios; manter parcerias com instituições que atuam nas questões de gênero, raça e LGBT.
Com informações da Contee.