Dilma diz que não tem pressa para fazer reforma ministerial
“Não estabeleci prazo e não vou fazer a reforma [ministerial] imediatamente, vou fazê-la por partes”, disse a presidenta Dilma Rousseff aos jornalistas após se reunir com o Xeque Tamim bin Hamad Al Thani, do Catar, nesta quarta-feira (12).
Publicado 12/11/2014 14:20
Dilma também comentou a decisão da ministra Marta Suplicy de entregar a carta de demissão quando a presidenta deixou o Brasil em viagem oficial. Ela disse que conversou com Marta antes de viajar e conhecia o teor da carta.
“Ela me disse o teor da carta antes de eu viajar, mas logo depois que fui reeleita a ministra falou comigo que sairia. Ela não fez nada de diferente, não teve nenhuma atitude incorreta, ela me disse que sairia e eu aceitei. Acertamos que ela me enviaria uma carta, a estrutura de praxe”, comentou Dilma.
Sobre o trecho onde Marta diz que os brasileiros desejam que a presidenta seja iluminada na escolha de sua equipe de trabalho e que a equipe econômica possa resgatar a confiança e credibilidade ao seu governo, Dilma se limitou a dizer que “essa é uma opinião dela e as pessoas têm direito a dar opinião”.
Questionado sobre a investigação dos Estados Unidos em relação à Petrobras, a presidenta afirmou: “Isso faz parte das regras do jogo. Empresas cotadas na bolsa de Nova Iorque tem de prestar contas segundo as regras da bolsa de Nova Iorque, que também não são muito diferentes das brasileiras. Além disso, os Estados Unidos têm de investigar se tem cidadãos americanos envolvidos em alguma irregularidade”, avaliou.
Encontro com Emir do Catar
Na pauta do encontro entre os chefes de Estado foram abordadas as relações comerciais e diplomáticas dos dois países, a situação política do Oriente Médio, além de temas de aprofundamento do relacionamento, como promoção de investimentos bilaterais, interconectividade no setor de transportes aéreos e cooperação bilateral em terceiros países.
Durante a reunião, Dilma agradeceu pessoalmente ao Emir a realização do “Ano da Cultura Brasil-Catar”, evento que celebra os 40 anos de relações diplomáticas entre as duas nações, iniciadas em 1974.
A presidenta também foi recebida pela presidenta da Qatar Foundation, Xeica Mozah bint Nasser, Rainha-Mãe do Catar, patrocinadora do evento cultural, culminando, em julho, na exposição “Pérolas”, o principal acervo do Museu de Arte Islâmica de Doha, no Museu de Arte Brasileira em São Paulo. A Xeica esteve no Brasil em 2013 visitando projetos educacionais mantidos pela Qatar Foundation no Rio de Janeiro e no Pará.
A presidenta também aproveitou o encontro com o Chefe de Estado catari para anunciar que o Brasil está disposto a contribuir para a organização da Copa do Mundo de 2022 no Catar, colaborando na troca de experiências para o evento esportivo.
Ainda em novembro, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, participou do Doha Goals International Forum, representando Dilma. Em julho, durante a Copa do Mundo, o Emir-Pai do Catar, Hamad bin Khalifa al Thani, foi ao Rio de Janeiro para assistir à partida entre Alemanha e Argentina.
Por fim, ainda nesta quarta-feira, a presidenta Dilma Rousseff segue para Brisbane, na Austrália, onde participa da reunião de cúpula do G20. O encontro começa no sábado, 15 de novembro e termina no dia seguinte. Está prevista para as 8h30 do sábado uma reunião dos chefes de Estado dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Fonte: Blog do Planalto