Manifestantes tomam as ruas em protesto contra a crise hídrica em SP
Uma manifestação fechou a Avenida Paulista, região central da capital paulista, na noite desta quarta-feira (5), para protestar contra a crise hídrica que atinge o estado. Os manifestantes criticaram a má administração do governando Geraldo Alckmin que mesmo sabendo do longo período de estiagem, não investiu em obras de infraestrutura para aumentar os reservatórios. O grupo saiu do vão livre do Masp e seguiu no sentido da Rua da Consolação.
Publicado 06/11/2014 10:03
O manifesto que convocou o ato, no Facebook, critica a falta de ações do Poder Público em relação ao tema. “A situação é feia, mesmo com as chuvas que caíram segunda-feira (3) e continuaram caindo, pois o assoreamento dos mananciais é crítico. É necessário mais de uma semana de chuva direta para os reservatórios começarem a armazenar água e voltarem a subir, enquanto isso o povo vem sofrendo com o descaso e ainda com a falta de compromisso do estado”, ressalta o texto.
A organização do protesto pede ainda mais investimentos no sistema de fornecimento, como forma de evitar o desperdício. “Alertamos que mesmo se persistirem as chuvas, se não houver investimentos e manutenção para evitar o rompimento de adutoras e encanamentos, que perdem muita água, as coisas vão só piorar, e por isso temos de exigir respeito”, acrescenta o texto.
O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira caiu para 11,8% da capacidade total, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O Cantareira retoma, assim, o ritmo de queda, mesmo com a chuva que atingiu São Paulo nos últimos dias.
Como principal sistema de abastecimento de água de São Paulo, o Cantareira atende a 6,5 milhões de pessoas na capital e os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, São Caetano, Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André, na região metropolitana. A água do Sistema Cantareira é distribuída também a uma população de 5 milhões de pessoas nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Da redação do Vermelho, com Agência Brasil