Dandara Lima: A dupla derrota do golpe midiático da Veja
A tentativa de golpe da revista Veja falhou. Além de não conseguir derrubar a reeleição da presidenta Dilma, o advogado do doleiro Alberto Yousseff desmentiu a matéria criminosa da revista que está com sua credibilidade em queda livre.
Por Dandara Lima*, no portal da UJS
Publicado 31/10/2014 12:35
A Veja antecipou sua edição de sábado, véspera da eleição, para quinta-feira (23) com uma capa relacionando a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula com o caso da Petrobras, alegando que a revista teve acesso a um suposto depoimento do doleiro.
O advogado Antônio Figueiredo Basto, que representa o doleiro réu Alberto Youssef, declarou ao jornal Valor Econômico dessa quinta-feira (30), que o suposto depoimento ocorrido no dia 22 de outubro nunca existiu.
“Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira. Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo”, declarou o advogado ao Valor.
A revista mentiu e cometeu crime eleitoral para interferir no resultado das eleições presidenciais. O delegado Rosalvo Ferreira Franco, da superintendência da Polícia Federal no Paraná, determinou abertura de inquérito para apurar o caso.
Em seu último programa da campanha eleitoral e durante o debate de TV na Rede Globo, na sexta-feira (25), a presidenta Dilma afirmou que vai processar a revista.
Militantes da União da Juventude Socialista (UJS) fizeram uma manifestação, na sexta-feira (24), contra a revista Veja, em frente a sede da Editora Abril na capital paulista. Em repúdio às afirmações não comprovadas da revista, os militantes da UJS levantaram cartazes, rasgaram revistas e gritaram palavras de ordem.
A Editora Abril foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por crime eleitoral, mas não publicou direito de resposta com o mesmo espaço e destaque que deu para a capa em que faz denúncia sem provas. Agora pode ser obrigada a publicar direito de resposta na edição impressa dessa semana, a decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki.
*É jornalista