Camilo quer mais parcerias com Dilma para infraestrutura do Ceará
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Camilo Santana (PT), governador eleito no Ceará, comemorou a boa votação da presidenta no Ceará e espera que, com a reeleição, o estado consiga fechar boas parcerias com o governo federal para promover obras de infraestrutura. Dilma obteve 76,7% dos votos válidos no Ceará.
Publicado 28/10/2014 12:15
“Liguei para Dilma Rousseff e quero muito que possamos garantir os projetos, as ações que estão em curso. Ela é do meu partido”, destacou Santana, citando a siderúrgica, transposição do São Francisco e a linha leste do metrô. “É fundamental a parceria com o governo federal”, completou.
Santana destacou a importância desses investimentos para a arrecadação do estado. “Temos planejado o aumento da arrecadação a partir da atração de investimentos como tem sido feito. O sonho do Ceará é uma refinaria e uma siderúrgica. A siderúrgica é uma realidade e vai ficar pronta em 2015. Vai aumentar em 12% o PIB do Ceará. A refinaria foi luta nossa e temos o compromisso do governo federal que ela virá. Os dois juntos aumentarão 50% o PIB do Ceará e dobrarão a arrecadação de ICMS do Estado”, declarou.
As principais prioridades do seu governo será a segurança pública e saúde. “O atual governo integrou as polícias civil, militar e bombeiros e trabalha com o pagamento de bônus em cima de meta de redução de 6% de homicídios e assaltos. Neste último trimestre o Ceará teve redução de 14% dos homicídios. Nos primeiros meses o programa garantiu a estabilidade das taxas, que estavam crescendo. Agora está reduzindo. Pretendo ampliar a polícia ostensiva, chamada Raio, de 45 equipes para 150 equipes e ampliar áreas de monitoramento com câmeras”, afirmou ele, destacando que na saúde pretende implantar um sistema de nota de avaliação.
Sobre o transporte, ele destaca: “Vamos implementar o Bilhete Único Intermunicipal no primeiro ano, fazer um planejamento de obras importantes, principalmente o Cinturão das Águas, que é uma questão estratégica”.
Na entrevista o governador eleito disse compreender o fato de Dilma e Lula não participarem do palanque estadual, já que seu adversário derrotado, Henrique Alves (PMDB) compõem a base aliada. “Compreendemos que o projeto nacional é muito importante. Não estaria feliz se tivesse ganho e Dilma não. Até porque seria muito difícil garantir o que o Ceará tem garantido… É fundamental a parceria com o governo federal. O que não pudemos contar foi com a presença dela, porque ficou acordado que onde tivesse dois candidatos da base seria assim”, pontuou.
Fonte: Valor Econômico