Governo sul-africano convoca cidadãos para eleições pacíficas 

O governo da África do Sul convoca a população para eleições parlamentares pacíficas, previstas para o dia 7 de maio. O Congresso Nacional Africano (CNA), à frente do governo, convida a juventude a votar pelo partido histórico do líder pacifista e da reconciliação nacional, Nelson Mandela. Neste sábado (19), os planos para as eleições são as manchetes da imprensa sul-africana, enquanto a maior federação sindical do país também indica apoiar o CNA, assim como o Partido Comunista Sul-Africano.

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O governo do presidente Jacob Zuma advertiu que não tolerará qualquer tipo de violência ou interrupções ilegais durante as eleições gerais para o Parlamento, no próximo mês. Um comunicado dos ministérios da Justiça e Segurança Pública informou aos meios de comunicação da capital, Pretória, que o governo liderado pelo partido Congresso Nacional Africano, está pronto para garantir eleições pacíficas, fiáveis, justas e ordenadas.

No mesmo sentido, Fikile Mbalula, ex-dirigente da Liga Juvenil Nacional (LJN), exortou os jovens sul-africanos a votarem pelo partido histórico de Nelson Mandela como um direito democrático, mas, sobretudo, como um dever patriótico. Mbalula recordou que o partido governante logrou avanços significativos durante os últimos 20 anos, após décadas de abandono, despojo e opressão social sob o regime de apartheid, segregação.

“Nossos compatriotas cidadãos vivem hoje m um país estável, pacífico e livre, onde se consagram os seus direitos na Constituição mais progressista do mundo, protegidos por um Estado que construiu instituições sólidas,” sublinhou.

Nos últimos dias também foram veiculadas declarações do presidente do Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (Cosatu, na sigla em inglês), Sdumo Dlamini, afirmando que o seu secretário-geral, Zwelinzima Vavi, fará campanha pelo partido governante, o CNA. O partido e a federação sindical (a maior do país, com quase dois milhões de trabalhadores em 21 sindicatos filiados) formam uma aliança tripartite com o Partido Comunista Sul-africano.

A menos de um mês das eleições parlamentares, o caso do influente líder sindical é notícia porque, logo após ser expulso e novamente reintegrado ao Cosatu, não está clara ainda a sua opção no cenário político nacional. Irvin Jim, antigo aliado de Vavi e dirigente da União Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos da África do Sul, recordou que o seu grupo retirou o apoio ao CNA e disse que o líder da Cosatu deveria fazer o mesmo.

Greve dos mineiros

Em outra linha, as empresas mineiras sul-africanas Impala Platinum e Anglo-American apresentaram o que chamaram de “nova oferta final” aos milhares de trabalhadores em greve, para colocar fim a um protesto que dura quatro meses. Porta-vozes das companhias, com uma alta porcentagem de capital britânico, propuseram um aumento salarial de até 1.200 dólares mensais, como exigem os grevistas, mas não de efeito imediato: valeria a partir de 2017.

O sindicato Associação de Mineiros e Operários da Construção (AMCU) demanda, desde 23 de janeiro, um incremento significativo nos salários, além de subsídios de subsistência e outros benefícios. Segundo os grupos corporativos, antes de divulgada, a nova oferta foi analisada junto com o líder da AMCU, Joseph Mathunjwa e outros dirigentes do sindicato do setor metalúrgico, que integra cerca de 60 mil trabalhadores.

Da Redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina