Cuba destaca na Unesco proclamação da AL como zona de paz
Na última terça-feira (8), Cuba destacou ante Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a decisão da 2ª Cúpula dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) de proclamar a região como uma zona de paz. O embaixador e representante cubano, Juan Antonio Fernández, disse durante o 194º Conselho Executivo do organismo internacional, que “isso constitui um passo transcendental na nossa história”.
Publicado 10/04/2014 10:22
Segundo a Prensa Latina, o embaixador explicou que essa posição implica desterrar a guerra, a ameaça e o emprego da força e resolver os conflitos pela via pacífica e de acordo ao direito internacional.
“Na Celac, a América Latina e o Caribe têm encontrado um espaço legítimo para aproximar posições e para continuar a realizar os sonhos de nossos próceres de construir a Pátria Grande”, assinalou Fernandez.
Durante a sua intervenção no fórum, o embaixador cubano referiu-se à situação internacional, onde o subdesenvolvimento estrutural se perpetua, cresce o abismo que separa ricos e pobres, aumentam as desigualdades entre e dentro das nações e parece imparável a destruição do meio ambiente.
Denunciou que faltando apenas um ano para cumprir os Objetivos do Milênio da ONU, há 1,2 bilhão de pessoas no mundo na extrema pobreza, 842 milhões passam fome crônica, 774 milhões de adultos são analfabetos e 57 milhões de crianças não estão escolarizadas.
Nesse contexto, disse, "a Unesco continua um processo de reformas, que procura maior eficácia e eficiência, mais visibilidade e protagonisno no sistema multilateral".
O funcionário lamentou que a organização não tenha conseguido cumprir cabalmente com seus objetivos e programas, devido à crise financeira, por causa do não pagamento das dívidas do seu principal contribuinte: os Estados Unidos.
Fernandez considerou que a Unesco deve focalizar-se nas prioridades definidas pelo Conselho e a Conferência Geral e concentrar todas as energias e esforços na contribuição para os Objetivos de Desenvolvimento pós 2015.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina