Em SP, Dilma diz que governo lança PAC 3 em agosto
O governo deve lançar, em agosto, uma nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será chamado de PAC 3. O anúncio foi feito, nesta sexta-feira (4), pela presidenta Dilma Rousseff durante entrevista à emissoras de rádio de São José do Rio Preto (SP), onde participará da entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Publicado 04/04/2014 16:02

Dilma anunciou a nova etapa do PAC quando falava sobre a obra do contorno ferroviário de São José do Rio Preto. O edital da obra, lançado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), teve o certame suspenso porque o governo decidiu ampliar o projeto para que o trecho seja conectado à Ferrovia Norte-Sul.
“Por que o Dnit cancelou? Tínhamos uma visão de fazer um contorno pequeno, diante do fato da chegada da Norte-Sul vimos que não dava para fazer um contorno pequeno. É um pouco mais complexo. Ele exige um grande volume de sondagens e um levantamento topográfico muito preciso”, ponderou a presidenta.
A obra, segundo Dilma, será incluída no PAC 3. “Uma obra de ferrovia não acaba até 2014, agora o contrato, nós tomamos a decisão, vai estar no PAC 3, deixaremos estruturado”, disse. “Vamos lançar lá por agosto”, acrescentou.
A demanda pela construção de um contorno ferroviário na região aumentou depois de um acidente, em novembro do ano passado, quando um trem carregado de milho descarrilou e atingiu três casas de um bairro próximo à linha férrea.
Segundo o balanço mais recente do PAC 2 (2011-2014), divulgado em fevereiro, até dezembro de 2013, o programa tinha 82,3% das ações concluídas, com execução de 76,1% do orçamento previsto para o período.
Beneficiados trocam moradia improvisada por casas novas em São José do Rio Preto
Paulo Henrique Amâncio e Camila vivem da reciclagem em São José do Rio Preto (SP) e são uma das 2.508 famílias beneficiadas pelo Residencial Lealdade e Amizade, que será entregue nesta sexta-feira (4) para atender quem tem renda familiar de até R$ 1,6 mil por mês. Eles vão deixar de passar a noite nos fundos de uma oficina na beira da Rodovia Washington Luís por uma casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro em um terreno de 200m².
“A gente sai cedo para rua e vai catando e vendendo, para não ter que carregar muito peso”, explica Paulo. E Camila continua a contar a rotina do casal: “Quando acaba o dia, a gente vem para cá. É aqui que lavamos nossa roupa, tomamos banho, fazemos nossa comida”, diz. Mesmo sendo um lar improvisado, o casal agradece pela acolhida de Frederico Granzoto Júnior, proprietário da oficina, que festeja a conquista dos inquilinos de mais de cinco anos.
“Eles vieram ficar no salãozinho aí debaixo e moraram por uns cinco anos. Os dois vivem da rua, fazem tudo na rua, e eu cedi o lugar para eles pousarem, dormirem. Eles fazem tudo aí. (…) Eles terem ganhado essa casa foi uma maravilha, porque eles não tem nada. Como uma pessoa que mora na rua vai ter a condição de comprar uma casa?”, afirma Júnior.
Josane Priscila de Oliveira também já morou na rua, e agora divide terreno com outras quatro famílias, pagando R$ 180 de aluguel.
“Se eu pago R$ 180 de aluguel aqui, não vou pagar a prestação da minha casa? Aí que eu vou pagar mesmo. Lá vou poder criar minhas netas, que ainda vão nascer. (…) Eu estou muito feliz. São 16 anos esperando”, disse.
Fonte: Agência Brasil e Blog do Planalto