Obama diz preferir operação militar limitada ao invés de guerra
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta terça-feira (8) as operações militares limitadas como as realizadas na Somália e na Líbia, em vez de “entrar em guerras”, na luta contra o terrorismo. No sábado (6), dois raids (incursão militar rápida em terreno inimigo,especialmente realizada por aviões) norte-americanos tentaram sequestrar um homem na Líbia e matar outro na Somália.
Publicado 09/10/2013 10:18
Em entrevista coletiva, o presidente disse haver "uma diferença entre ir atrás de terroristas que estão conspirando diretamente para prejudicar os EUA e entramos em guerras". Obama disse que sua administração dá prioridade a "uma guerra de ideias" com a intenção de "isolar aos elementos radicais que prejudicam mais aos muçulmanos do que a ninguém".
Imperialismo e os dois “raids” fracassados dos EUA
Líbia pede explicação aos EUA pelo "rapto" de um cidadão
O presidente defendeu, no entanto, as missões dos corpos de operações especiais que, em 4 de outubro, capturaram Ansar al Libbi, suposto membro da Al Qaeda envolvido no planejamento dos atentados contra embaixadas americanas na África nos anos 90, e tentaram capturar no mar da Somália um militante suspeito de envolvimento com o ataque recente ao centro comercial de Nairóbi (Quênia).
O presidente disse que o cenário mudou porque os Estados Unidos "dizimaram o núcleo da Al Qaeda que operou principalmente entre Afeganistão e Paquistão". A ameaça agora são "grupos regionais, alguns explicitamente vinculados à Al Qaeda ou a sua ideologia, e muitas vezes muito localizados".
"Poucos têm a capacidade de sair de suas fronteiras, mas podem causar muito dano dentro delas", afirmou, em uma descrição na qual se encaixam grupos como a milícia somali Al Shabab e grupos da Al Qaeda no Magreb Islâmico ou na Península Arábica.
Obama disse que as operações na Líbia e na Somália, esta última sem sucesso na captura do suposto líder de Al Shabab, Abdikadir Mohammed Abdikadir, são "exemplo da extraordinária destreza, dedicação e talento" dos soldados americanos.
No mesmo dia, a Líbia exigiu uma explicação dos Estados Unidos pelo “rapto” de um dos seus cidadãos, através de uma operação não autorizada no território do país africano.
Fonte: Opera Mundi