Enviado especial dos EUA deve fechar prisão de Guantânamo
O governo dos Estados Unidos escolheu o novo enviado especial do país para o processo de encerramento da prisão militar norte-americana de Guantânamo, em Cuba. É Paul M. Lews, que era conselheiro-geral no Comitê de Serviços Armados da Câmara de Representantes (o equivalente à Câmara dos Deputados) no qual supervisionou as questões relacionadas com Guantánamo.
Publicado 09/10/2013 10:55
Dos 166 detidos em Guantânamo, 86 foram considerados aptos para serem libertados pela administração norte-americana, 56 são iemenitas. A religião predominante é a muçulmana. Muitos detentos reclamam que são desrespeitados religiosamente.
Em maio, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou a intenção de encerrar as atividades de Guantânamo. No local, há 166 suspeitos de terrorismo. A maioria dos detidos ainda não foi julgada, 73 mantêm uma greve de fome em protesto às condições de detenção.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, elogiou a capacidade de Lews. A prisão de Guantânamo é uma base militar, na qual estão, sobretudo, os suspeitos de terrorismo e envolvimento nos ataques de 11 de setembro de 2001. Segundo ele, a indicação de Lews mostra que o governo está disposto a fechar a prisão.
A base de Guantânamo é frequentemente denunciada pelas graves violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário (que regula e estabelece condutas para tempos de guerra). É um vestígio da dominação neocolonial dos EUA sobre Cuba.
O enviado especial terá como tarefa facilitar a transferência de detidos para outras prisões federais e supervisionar a transferência de presos também para o exterior e dos detidos que estão sob custódia norte-americana no Afeganistão.
Fonte: Agêncai Brasil