Chanceler russo defende fim das sanções ao Irã nos EUA

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, indicou a necessidade de anulação das sanções impostas pelo Ocidente contra a República Islâmica do Irã, em entrevista publicada nesta quinta-feira (26) pelo jornal estadunidense The Washington Post. O país persa é alvo das medidas punitivas desde 1979, primeiro impostas pelos EUA, e a partir de 2006, também pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Serguei Lavrov - ONU

“As sanções foram impostas devido à falta de resultados na solução da questão nuclear iraniana. Se um progresso for logrado, ele deveria ser seguido e respondido com a suavização e, finalmente, com o cancelamento das sanções”, disse Lavrov na entrevista.

O chefe da diplomacia russa disse ainda que o tom das autoridades iranianas tem sido alentadores, já que confirmaram a necessidade de dar seguimento às negociações, enquanto “expressam seu desejo e disposição à maior transparência, e a maior concentração na busca por um resultado. Claro, sempre que a reciprocidade se verifique”.

O chanceler russo também afirmou que o plano proposto pela Rússia há anos é o único modo de resolver o caso nuclear iraniano, já que prevê a anulação dos embargos económicos e financeiros contra o país persa, em resposta a certas ações de demonstração de transparência por parte do governo de Teerã.

Em varias ocasiões, a Rússia reitera o pedido pelo fim das sanções contra o país persa, como um sinal de boa vontade para o progresso das conversações entre o Irã e o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China, como membros do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha).

O novo presidente persa Hassan Rohani já reiterou seu compromisso com as negociações e a abertura ao diálogo político diversas vezes desde que assumiu o cargo, no início de 2013, e algumas vozes políticas do Ocidente demonstram certo otimismo com a nova gestão persa.

Desde 1979, ano da Revolução Islâmica que derrubou um regime autocrático, os Estados Unidos impõem sanções econômicas e financeiras ao país. Desde 2006, a ONU e depois a União Europeia também estabeleceram as suas próprias sanções, com base em acusações sobre indícios de desenvolvimento de armas nucleares no país.

Entretanto, o Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação nuclear e membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), fontes de direito sobre o desenvolvimento de um programa nuclear pacífico, para fins civis (medicinais e energéticos), e já recebeu inspeções de suas instalações diversas vezes, como demonstração de comprometimento.

Com informações da HispanTV,
Da redação do Vermelho